Amanhã, dia nacional de combate ao Aedes aegypti

Quando o ministro da Saúde, Marcelo Castro declarou que o Brasil havia perdido a guerra para o Aedes aegypti pode não ter imaginado a reação que desencadearia por conta da proliferação do mosquito. A presidente Dilma teria repreendido seu ministro, considerando a afirmativa catastrófica.

O mesmo aconteceu com os organismos mundiais ligados à saúde que julgaram Marcelo muito pessimista. Por último, todos que fazem parte do atual governo estão compreendendo o motivo das declarações do ministro. Amanhã haverá mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti e todos os ministros foram acionados pela presidente Dilma para que participem pessoalmente dessas ações.

A ação contará com a participação de cerca de 220 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica em 356 municípios. A presidente comandará a operação do Rio de Janeiro e quer que os ministros estejam presentes em todos os estados, não necessariamente os de origem, monitorando o trabalho de distribuição de material impressos com informações que sobre o combater ao mosquito.

O Aedes aegypti é vetor da dengue, da febre chinkungunya e do vírus Zika que vem sendo responsabilizado pela microcefalia em recém-nascidos. A meta pretende atingir três milhões de residências e, além de ministros, participarão da equipe os secretários executivos dos ministérios, presidentes de empresas públicas, autarquias e fundações federais.

A Universidade do Texas, nos Estados Unidos e o Instituto Evandro Chagas, no Pará, firmaram parceria para a produção de vacina contra o Zika. Os estudos, entretanto, levarão cerca de doze meses. Depois disso a vacina ainda terá de passar por testes clínicos antes de ser produzida e disponibilizada à população.

O Rio Grande do Norte registrou a terceira morte relacionada ao vírus da zika, uma jovem de 20 anos, residente no município de Serrinha. A morte ocorreu no ano passado, mas somente agora o resultado dos exames foi concluído. Hospitalizada em Natal, o caso da jovem era tratado como pneumonia.

O que se sabe é que os vírus da dengue, do chikungunia e da zika são transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Os sintomas provocados podem ser confundidos com uma virose comum, com febre, erupções na pele, coceira e dor muscular.

A evolução geralmente é benigna com os sintomas perdurando por 3 a 7 dias. Ainda não existe vacina nem tratamento específico para a doença. A confirmação dos casos de microcefalia relacionados a casos de zika foi que alertou as autoridades sanitárias.

As três doenças têm sintomas semelhantes e gravidades diferentes. A população precisa ficar alerta e, sobretudo, colaborar com as autoridades no combate ao mosquito.