LAÍRE ROSADO, Eleição 2024, disputa entre ex-aliados

Lideranças do PT Nacional estiveram em Natal, na convenção que homologou a candidatura da deputada federal Natália Bonavides à prefeita da Capital. A presidente da legenda, deputada Gleisi Hoffmann, adiantou que o presidente Lula virá à Natal, pedir votos para Natália, que se esforça para chegar ao segundo turno. A deputada Gleisi não citou nenhum outro município potiguar podendo-se deduzir que nenhum outro candidato terá a participação do presidente Lula, inclusive o candidato Lawrence Amorim, que recebe o apoio do PT estadual.

A governadora Fátima Bezerra, esta sim, participará da campanha em Mossoró. Compareceu à convenção de Lawrence Amorim, ao lado de outros representantes do partido dos trabalhadores.  Com relação a Lula, poderia ser diferente se na chapa majoritária estivesse algum candidato do PT. Entretanto, a opção por um nome do MDB terá outra presença, também importante, de lideranças do partido no palanque, a começar pelo vice-governador Walter Alves e do ex-senador Garibaldi Alves.

Com o ex-presidente Jair Bolsonaro será diferente. Em contato telefônico com o candidato do PL, Genivan Vale, confirmou sua presença na campanha em Mossoró. Antes, essa possibilidade há havia sido admitida pelo presidente estadual do partido, senador Rogério Marinho.

Em campanhas anteriores, as decisões municipais sempre foram mais influenciadas por políticos locais que pelo prestígio de lideranças estaduais ou nacionais. Nada mudou. Mas, não se pode negar que a vinda de Lula ou a presença de Bolsonaro ajudaria a somar mais alguns votos para seus candidatos.

Até mesmo a radicalização, que não deixará de acontecer, será entre o prefeito e seus adversários, isto é, em torno da administração municipal. Discursos envolvendo a governadora Fátima Bezerra, o presidente Lula e o ex-presidente Bolsonaro terão pouca repercussão.

Allyson Bezerra, Genivan Vale e Lawrence Amorim estiveram politicamente juntos nas eleições de 2020. Assim, em 2024, a disputa não será entre adversários tradicionais, mas envolvendo ex-aliados que, em determinado momento, discordaram da condução do processo sucessório e decidiram medir forças entre si. A decisão final, é lógico, caberá ao eleitor que, em grande parte, já sabe em quem votará no dia 6 de outubro.

 

 

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