Sinodalidade: não um conceito, mas uma experiência de escuta
Não um lugar para expressar opiniões pessoais, mas um lugar para ouvir, discernir e caminhar juntos em direção à margem onde o Senhor está nos esperando. Em síntese, este é o Sínodo sobre a sinodalidade, de acordo com o que emergiu durante o briefing de atualização da tarde deste sábado na Sala de Imprensa da Santa Sé, no final de uma manhã dedicada ao trabalho dos Círculos Menores.
Paolo Ondarza – Vatican News
Jesus, Igreja, família, sinodalidade, escuta, comunhão, pobres, jovens, comunidade, amor. Estas são apenas algumas das palavras mais recorrentes nestes primeiros dias de trabalho do Sínodo sobre a sinodalidade, que chegou ao fim do exame da primeira seção do Instrumentum Laboris. Nestes primeiros dias, relatou o presidente da Comissão para a Informação, Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação, durante o briefing de atualização deste sábado, os participantes expressaram gratidão ao Papa pela beleza deste momento em que estão experimentando a natureza multifacetada da Igreja Católica.
Os relatórios dos Círculos Menores
Depois da terceira Congregação Geral realizada na tarde desta sexta-feira, a terceira sessão dos Círculos Menores realizou-se nesta manhã de sábado com a finalização dos relatórios do trabalho realizado nesses grupos de trabalho de cerca de 10 a 12 pessoas, incluindo os delegados fraternos que, no entanto, não participam da votação. Esses relatórios, aprovados por cada círculo por ampla maioria, foram entregues à Secretaria Geral do Sínodo, que os recebe para devolvê-los à Assembleia, quando será discutido o documento de síntese.
Temas dos relatórios
Entre os temas que emergiram nos relatórios de cada círculo: formação em todos os níveis, dos sacerdotes, nos seminários, nas famílias; corresponsabilidade entre todos os batizados; a maneira pela qual a hierarquia pode se colocar dentro da comunhão; os participantes foram solicitados a explorar o termo sinodalidade de um ponto de vista lexical nos vários idiomas. O problema destacado não é apenas a desburocratização das estruturas da Igreja, mas a necessidade de dedicar energia para repensar novas formas e novos lugares de participação na comunhão e na história milenar da Igreja.