Transações financeiras digitais derrubam a circulação de dinheiro falsificado no Brasil

O uso do PIX como meio de pagamento, além de tornar as operações mais práticas, acabou ajudando a diminuir a circulação de dinheiro falsificado no Brasil.

 

“Cocada no PIX, é cuscuz no PIX”: a oferta do vendedor ambulante Valdinei Rosa dá certo; mais da metade das vendas da barraquinha de cocada é feita no PIX ou no cartão.

 

“Muita gente não usa mais dinheiro por questão de segurança. Então é melhor usar no PIX. É muito mais seguro para a gente e também para os clientes”, conta ele.

A gerente de loja Marizete Menezes é freguesa antiga, desde a época em que pagava com dinheiro em papel. Agora…

 

Repórter: Você tem dinheiro na carteira?

Marizete: Nem uma moeda. E ando tranquila. Faço minhas compras, compro minha cocada e está tudo certo.

 

Nas lojas também, pouco pagamento em dinheiro vivo.

 

“Não tenho mais papel, agora pago tudo no PIX ou no cartão”, conta a assistente social Ticyane Rodrigues.

“Devido à facilidade que tem hoje, o PIX, eu prefiro até receber meus pagamentos em PIX e movimento toda minha conta em PIX”, diz o guia de turismo Jorge Cinesio.

As movimentações financeiras com PIX no país aumentaram mais de 50% de 2022 para 2023, e representam 36% dos pagamentos. Só 3% deles são feitos com saques em dinheiro.

 

Mais transações financeiras feitas com cartão ou PIX e menos volume em dinheiro: esse é um pouco o retrato do Brasil atual. No maior ponto de comércio popular do centro do Rio, 7 em cada 10 vendas são feitas sem o uso de dinheiro em espécie. Além das facilidades, isso têm ajudado também a reduzir o número de notas falsas circulando no mercado.

Um levantamento do Banco Central mostra isso: em um período de seis anos, o número de notas falsas recolhidas pelo banco caiu de 677 mil para 250 mil. É menos da metade.

As notas mais falsificadas são as de R$ 100, depois vem as de R$ 200, R$ 50 e R$ 20. A Polícia Federal diz que uma mudança na linha de investigação também ajudou a reduzir a produção de notas falsas.

 

“Começamos a trabalhar muito mais no sentido de identificar para onde que vão os pagamentos para comprar essas cédulas e para também identificar os laboratórios que fabricam. Assim, a gente conseguiu fazer muito mais prisões dos fabricantes”, explica Sérgio Mori, delegado de repressão à falsificação de moedas da PF.

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