Saúde, projetos para a população do RN

Em sua última visita à Mossoró, no dia 10 deste mês, o governador Robinson Faria teve uma acolhida melhor que a recebida em visitas anteriores. Mesmo assim, a mídia criticou a agenda em que colocou um outdoor para marcar o espaço em que será construído um complexo de atenção materno-infantil, ou, Hospital Regional da Mulher, com cerca de 131 leitos distribuídos entre obstetrícia e pediatria. O custo total da obra, com recursos oriundos do projeto RN Sustentável e viabilizados pelo Banco Mundial será de US 19 milhões, ou cerca de R$ 70 milhões ao custo atual da moeda americana.

Houve tempos em que os governantes faziam afixação de pedra fundamental para caracterizar o início de alguma obra pública. Um outdoor para sinalizar o local onde esse projeto será realizado surpreendeu os que esperavam atitudes mais objetivas. Para convencer a população sobre a realidade do empreendimento seria necessário que o governador estivesse, em termos administrativos, com credibilidade em alta. Isso não corresponde à realidade.

O jornal Tribuna do Norte, em sua edição de hoje, trouxe, na chamada de página, notícia das mais animadoras. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) estuda a possibilidade de implementar Policlínicas Regionais em oito cidades-polo do Rio Grande do Norte. “São Policlínicas com várias especialidades, cardiologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, urolotia e cirurgia. As informações seguintes são um pouco desanimadoras. O Dr. Ricardo Lagreca, secretário da saúde adverte que essas policlínicas, para saírem do papel, dependem de financiamento do Governo Federal. Acrescentou ainda que, além dos recursos federais será necessário buscar outras modalidades de financiamento.

Lagreca acredita que o projeto será realidade em 2017, pois o governador Robinson tem compromisso com a saúde, colocando essa prioridade em sua plataforma de governo. São promessas difíceis de cumprir, pois o governo federal parece não estar em condições de patrocinar esses investimentos, mesmo relacionados à saúde. A reportagem lembra que outra promessa não está sendo possível cumprir, a construção do Hospital de Trauma, pois a verba que viria do Banco do Brasil (ProInvest), até agora não saiu. Como se vê, dificilmente as Policlínicas também serão realidade na atual gestão.