UFRN corre risco de encerrar ano com déficit de até R$ 20 milhões

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) enfrenta um desafio financeiro considerável, podendo registrar um déficit de R$ 20 milhões até o final de 2024. O reitor da instituição, José Daniel Diniz, apontou reduções contínuas no orçamento concedido pelo Governo Federal como a principal causa desse cenário preocupante. De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024, o orçamento da UFRN, assim como o de outras universidades federais, está em declínio em comparação ao ano anterior, com uma possível redução de R$ 100 milhões, passando de R$ 2 bilhões em 2023 para R$ 1,9 bilhão em 2024.

Embora o Ministério da Educação tenha prometido equiparar o orçamento deste ano ao de 2023, isso não soluciona completamente a questão, e apenas uma suplementação financeira pode evitar que a UFRN encerre o ano com déficit. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) está pleiteando junto ao Governo Federal uma suplementação de R$ 2,5 bilhões para cobrir despesas essenciais, incluindo custos operacionais e auxílios aos estudantes de todas as universidades federais.

 

José Daniel Diniz ressaltou a complexidade de estimar o déficit, destacando a necessidade de uma avaliação criteriosa para determinar as ações prioritárias, como a manutenção predial. Sem suplementação, estima-se que o déficit de 2024 para 2025 varie de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões na UFRN. O reitor expressa esperança em uma possível suplementação no meio do ano, durante a revisão orçamentária do Governo Federal.

 

O reitor assegurou, no entanto, que não haverá cortes de pessoal ou mudanças nos contratos terceirizados. Ele destaca a priorização dos pagamentos, com os estudantes bolsistas e os terceirizados sendo tratados como prioridade. No entanto, a falta de recursos suficientes resulta em contas em aberto, afetando áreas como energia e aquisição de materiais para atividades acadêmicas e laboratoriais.

 

Diniz explicou que a universidade trouxe para 2024 um déficit de R$ 2 milhões, devido ao orçamento insuficiente do ano anterior. Com o orçamento previsto para este ano, o funcionamento das instituições se tornaria inviável, especialmente diante da perspectiva de aumento nos gastos com contratos terceirizados e energia. A recuperação anunciada pelo ministro da Educação traz certo alívio, mas a situação ainda exige uma reavaliação completa para determinar o impacto real.

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