A BANALIDADE DO MAL E O MUNDO POLÍTICO – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

A BANALIDADE DO MAL E O MUNDO POLÍTICO – (Artigo da Semana) – [email protected]

A BANALIDADE DO MAL E O MUNDO POLÍTICO

Há no mundo, com maior intensidade, um espírito que conduz os seres humanos a total banalidade e a aceitação do engano como verdade, e da verdade como engano, o que chamamos de inversão de valores.

De modo geral, há um consenso entre os estudiosos que o conceito mais apropriado para a banalidade do mal é a mediocridade do não pensar, e não exatamente o desejo ou a premeditação do mal, personificado e alinhado ao sujeito demente ou mefistofélico.

Para Hannah o mal banal é realizado por indivíduos que pensam sem as devidas reflexões, sem apreciações ou análises, indivíduos que não pensam em direção ao ambiente público e a coletividade.

O surgimento do mal como fenômeno banal está interlaçado as ações de organizações de todas as espécies ou mesmo política que abandonam os valores éticos, morais e sociais, e passam a terem atitudes e ações ambíguas e sistemáticas em favor da prática do mal.

Quando a temática é a política, é de fácil percepção a desvirtuação endêmica em que há grande parte dos políticos estão inseridos. O que causo o fenômeno das pessoas não encontrarem bases sólidas nos partidos políticos para coagularem suas ideias. E assim, a esmagadora maioria do povo, de forma intuitiva, chega à conclusão de que há algo errado no mundo político.

Diante de tais fatos, surgem diversas propostas desequilibradas e antissistema, que são verdadeiras incoerências ou incapacidade de compreender as necessidades humanas, criando a sensação de normalização do mal. Quais são as bases apenas para o radicalismo político, para intolerância e para cegueira doutrinaria.

Para tristeza da humanidade, a política, que deveria ser a arte de gerir, administrar e conduzir a coisa pública para o bem-comum, tornou-se o maior vetor da banalidade do mal, introduzida pela corrupção, os escândalos e os desvios. Por outro lado, os atores do mundo político são verdadeiros defensores da prática do mau público, usando do corporativismo e da lei, como a presunção da inocência em escândalos sabidamente efetuados por colegas.

O curioso é que a tolerância com banalidade do mal, da corrupção, do desvio e das falcatruas já está entranhada no seio da sociedade como privilégio em detrimento da verdade. Assim como, a ausência da ponderação crítica de determinados assuntos produz a falta de compromisso com a ética, a moral e a decência social.

Em nossos dias, a ausência do respeito, a retirada dos marcos e o crescimento da propagação do mal, tem levado os jovens ao radicalismo e ao ódio sem motivo contra as minorias, os grupos religiosos e os grupos étnicos. Sendo essas atitudes, as verdadeiras ameaças ao desenvolvimento da alma humano.

Portanto, as ações que já nascem corrompidas no mundo político, é a prova maior que precisamos mudar. E mudar urgentemente para o caminho da ética, do zelo pela coisa pública, da proteção das minorias, dar segurança das religiões, proteger os idosos e as crianças dos caminhos adversos. Assim como apregoar a liberdade como fator fundamental para vida.

Muita Paz, Luz e Justiça a todos!

Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo

“Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.

Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer esse eu continuo fazendo”. (Apóstolo Paulo)

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