O SER HUMANO EM SUA ESSÊNCIA – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo

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O SER HUMANO EM SUA ESSÊNCIA

Como ser humano, eu sou um bom espectador e venho colhendo de minhas observações vários conceitos, paradigmas, teses e aprendendo principalmente a ser melhor hoje do que fui ontem.

E nesta jornada chamada vida, percebemos que muitas doenças são reflexos da alma que não encontrou equilíbrio e como reflexo deste, logo passa a desenvolver no corpo físico doenças como: depressão, ansiedade, medo, pânico e aflição que se instalam no corpo ocasionando dificuldades de pele, gástricos, respiratórios e até mesmo, câncer, arrancando a alegria de viver, a fé e a esperança, corrompendo todas as áreas da vida.

Por outro lado, as nossas ações e atitudes podem gerar doenças na alma de tal forma que é necessário pedir ao Eterno a cura dos nossos próprios males. Entre eles podemos citar: A insensatez, a intemperança, a injustiça e a impiedade. A insensatez – O ser humano insensato é dotado de falta de bom senso e por isso age sem refletir. Nele não há um filtro capaz de fazê-lo parar para pensar, discernir e optar. O insensato, sendo dono de sua insensatez, gloria-se em adubar a ignorância e alegra-se em viver de modo superficial, instintivo, efêmero.

A insensatez produz características de fácil observação, que são: falta lógica nas ações, ausência de profundidade e amor pela vida, descaso com a reflexão, abandono da filosofia de viver, desprezo ao estudo, prepotência como cultura pessoal, rejeição pela sabedoria e imaturidade no viver. Aqueles que assim procedem, diz o salmista: “Até quando amareis a ilusão, procurareis a falsidade e fechareis o coração”? (Sl 4:3).

O coração do insensato aceita com facilidade os ditames mundanos e as ordens dos que praticam o mal. Entre essas ordens temos: a hipocrisia da arbitrariedade descarada e a aceitação como natural da injustiça; a sensualidade como valor principal de um povo; o consumismo desenfreado e se em sentido real; a ausência do amor à verdade, que vem levando a muitos ao vazio existencial.

Já a intemperança é a ausência do autodomínio; e a exultação dos desejos descabidos e o permissivismo ético, o qual é o fenômeno social que consiste na progressiva permissão das condutas tradicionalmente condenadas por lei. Na ausência de uma alma detentora da temperança, passamos a ser escravos das paixões e dos vícios mundanos. E tentamos encontrar alívio para a alma nas algazarras, no alcoolismo, no uso de drogas, no consumismo desenfreado, nas festas sem pudor e sem ética. Levando o ser escravo a depravação e à promiscuidade, e desvalorizado a sensualidade natural e o amor. Criando assim seres desumanos.

A injustiça é a encanação do egoísmo, é o gemido da alma aprisionada aos bens materiais deste mundo, e por fim é a manifestação do opressor deste mundo contra a alma humana. Visto que a alma humana cresce ao fazer o bem e afasta o espírito da injustiça e da ganância. Por esse motivo, os alerta do espírito do Eterno nos ensinam que: “O bem consiste em praticar a justiça, amar a misericórdia e andar corretamente na presença de Deus” (Mq 8:3). Todavia, o que temos é a disparidade social, a fome, a miséria, o desprezo, a dor, o abandono, sendo os gemidos da alma doente.

E por fim, temos a impiedade, cuja manifestação está na descrença, na insensibilidade, no desinteresse pelo que é bom, saudável e reto. Por outro lado, a impiedade é insensível, odeia a liberdade do servir ao Eterno, ama as coisas mundanas e fala de humanismo apenas como regra de vida, porém, torna o ser desumano, pois inverte os valores e ensina caminhos tortos.

Portanto, a vida é misteriosa, complexa e multifacetada. Alguns, pela fé, acreditam que as doenças podem ser de ordem biológica, e em alguns casos, por desequilíbrio espiritual e emocional, que deve ser tratado com ajuda médica e orientação divina. Por outro lado, temos os que apenas acreditam na vida transitória e assim desconhecem o poder da vida eterna. Todavia, aos que encontram o equilíbrio da vida, sabem que há um mundo espiritual que reflete no físico e ecoa a eternidade. E por esse motivo caminham sobre a face da terra em justiça e amor.

Muita Paz, Luz e Justiça a todos!

Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo

“Deus é puríssima essência. Para os que têm fé nele, Deus simplesmente é”. (Mahatma Gandhi)

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