Análise: “Guerra que mata mais que a da Ucrânia”

Postado às 06h27 | 21 Set 2024

 

Ney Lopes

O mundo está distraído e silencioso.

A região de Darfur na parte ocidental do território do Sudão é palco da maior crise humanitária global na atualidade.

A previsão é que 13 milhões de pessoas morram de fome no Sudão, até outubro de 2025.

Tal número tornaria esta uma das piores fomes da história mundial e a pior desde a fome chinesa de 65 anos atrás.

Uma guerra que mata mais que a da Ucrânia, já registra mais de 300 mil mortos, ao longo das últimas décadas.

Esse saldo aterrador não tem gerado atenção e debate no âmbito internacional. O mundo está indiferente.

Segundo a ONU, mais de 2,7 milhões migraram principalmente para o Chade, país vizinho.

Milhares de pessoas ainda fogem do Sudão diariamente.

Darfur limita-se com a a Líbia, o Chade e a República Centro-Africana.

Durante décadas, o povo do Sudão enfrenta guerra civil, genocídio, seca e roubo dos recursos naturais do país.

O Sudão é o terceiro maior país da África,com população de 25 milhões de pessoas, atrás da Argélia e da República Democrática do Congo.

As causas dos conflitos em Darfur são decorrentes do abandono do governo central por essa área do país e a luta dos cristãos no Sul contra o governo islâmico no Norte.

Mesmo com a Independência do Sudão do Sul em 2011, não houve trégua.

Ao contrário, as barbaridades têm aumentado dia a dia.

São comuns cadáveres deixados nas ruas em Darfur para apodrecer no calor e os animais os comem.

Não é incomum ver um cachorro mastigando os restos de um corpo humano.

Recentemente, a crise agravou-se com uma onda de refugiados fugindo da violência no norte da Etiópia.

Chegaram cerca de 50.000 etíopes a um Sudão em falência, em busca de segurança, alimentos, água, abrigo, medicamentos e outras necessidades básicas.

Aqueles que cruzam as fronteiras, na maioria mulheres e crianças, estão chegando a áreas remotas com praticamente nada em suas mãos e desesperadamente precisam de comida, água, abrigo e cuidados médicos.

Muitas famílias foram separadas e chegam traumatizadas.

Compromissos firmes da comunidade internacional são urgentemente necessários no apoio ao Sudão e os países que acolhem refugiados, para que eles vivam com o mínimo de dignidade.

Hoje na história

1776 — Grande Incêndio de Nova York.

1863 — A independência da Argentina é reconhecida por Espanha.

1893 — É dirigido pela primeira vez um automóvel movido a gasolina.

1993 — O presidente russo Boris Yeltsin desencadeia uma crise constitucional quando suspende o parlamento e rasga a constituição.

“Dia Internacional da Paz”

Curtinhas

Sophia Loren fez 90 anos. Acabou um filme, no qual foi dirigida pelo seu filho Edoardo – “Rosa e Momo. Na trilha sonora está presente a voz de Elza Soares.

Guerra das pesquisas eleitorais em todo o país. O RN não é exceção. Em Natal, a que mais surpreendeu foi a da CONSULT, com Paulinho Freire liderando. Aproxima-se a hora das urnas falarem.

Caixa de Assistência dos Advogados do Rio Grande do Norte (CAARN), que funciona há 75 anos, foi destacada na solenidade de outorga da medalha Claudionor de Andrade, presidente da OAB-RN, que foi o fundador da previdência privada dos advogados potiguares.

Lula: vai ou não?

Percebe-se certa inquietude do presidente Lula.

A sua agenda internacional está suspensa e as visitas são sempre em regiões de disputa acirrada da prefeitura local. Explica-se. A pressão interna do PT é para que se candidate a reeleição.

Mas, ele pessoalmente parece não aceitar, por vários sinais que já emitiu.

Todavia o grande problema não é este.

O problema do PT é sucessor de Lula.

Embora pareça difícil um perfil que atenda as exigências de suceder a Lula, dois nomes já estão na disputa de bastidores,

São eles: Fernando Haddad e Rui Costa.

Eles se movimentam para delimitar áreas de influência, exibir força e conquistar o apoio do presidente. Rui Costa até recente audiência com Papa Francisco já teve em Roma.

Haddad aposta na recuperação econômica e vai levando pontapés do próprio PT.

E Lula: vai ou não disputar a reeleição?

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