Cúpula do Futuro: Lula cita fome no mundo e mudanças climáticas, cobra reformas e diz que falta ‘ambição e ousadia’ a líderes

 

Cúpula do Futuro: Lula cita fome no mundo e mudanças climáticas, cobra reformas e diz que falta ‘ambição e ousadia’ a líderes

Presidente brasileiro discursou em Nova York, em evento da ONU que antecede Assembleia Geral na próxima terça. Agenda de Lula inclui, ainda, reuniões bilaterais e eventos em defesa da democracia.

Por Mateus Rodrigues, Alexandro Martello, g1 — Brasília

 

22/09/2024 11h13 Atualizado há 3 horas

 

Lula discursa na Cúpula do Futuro da ONU — Foto: ANGELA WEISS / AFP

Lula discursa na Cúpula do Futuro da ONU — Foto: ANGELA WEISS / AFP

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou mais “ambição e ousadia” dos líderes mundiais ao discursar neste domingo (22) na Cúpula do Futuro, evento da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York para debater o futuro da humanidade.

 

Lula chegou aos Estados Unidos no sábado (21) e passará cinco dias no país. Na próxima terça (24), deve abrir os discursos da Assembleia Geral da ONU (veja a agenda abaixo).

 

No discurso de 5 minutos (tempo máximo dado a cada líder), Lula voltou a temas que vem adotando em fóruns internacionais, como o combate à fome e às mudanças climáticas. E criticou o ritmo lento de adoção das metas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU.

 

“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos, e caminham para se tornar o nosso maior fracasso coletivo. No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo”, disse Lula.

Segundo o brasileiro, os chefes de Estado e de governo têm duas “grandes responsabilidades”: não retroceder nas garantias de direitos humanos e “abrir caminhos diante de novos riscos e oportunidades”.

 

Lula e a reforma da ONU

Ao citar avanços previstos no “Pacto pelo Futuro” – documento que motivou a cúpula e deve ser assinado pelos países neste domingo –, no entanto, Lula criticou a falta de reformas estruturais em organizações como a própria ONU.

 

Cúpula do Futuro: Lula cita fome no mundo e mudanças climáticas, cobra reformas e diz que falta ‘ambição e ousadia’ a líderes

Presidente brasileiro discursou em Nova York, em evento da ONU que antecede Assembleia Geral na próxima terça. Agenda de Lula inclui, ainda, reuniões bilaterais e eventos em defesa da democracia.

Por Mateus Rodrigues, Alexandro Martello, g1 — Brasília

 

22/09/2024 11h13 Atualizado há 3 horas

 

Lula discursa na Cúpula do Futuro da ONU — Foto: ANGELA WEISS / AFP

Lula discursa na Cúpula do Futuro da ONU — Foto: ANGELA WEISS / AFP

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou mais “ambição e ousadia” dos líderes mundiais ao discursar neste domingo (22) na Cúpula do Futuro, evento da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York para debater o futuro da humanidade.

 

Lula chegou aos Estados Unidos no sábado (21) e passará cinco dias no país. Na próxima terça (24), deve abrir os discursos da Assembleia Geral da ONU (veja a agenda abaixo).

 

No discurso de 5 minutos (tempo máximo dado a cada líder), Lula voltou a temas que vem adotando em fóruns internacionais, como o combate à fome e às mudanças climáticas. E criticou o ritmo lento de adoção das metas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU.

 

“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos, e caminham para se tornar o nosso maior fracasso coletivo. No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo”, disse Lula.

Segundo o brasileiro, os chefes de Estado e de governo têm duas “grandes responsabilidades”: não retroceder nas garantias de direitos humanos e “abrir caminhos diante de novos riscos e oportunidades”.

 

Lula e a reforma da ONU

Ao citar avanços previstos no “Pacto pelo Futuro” – documento que motivou a cúpula e deve ser assinado pelos países neste domingo –, no entanto, Lula criticou a falta de reformas estruturais em organizações como a própria ONU.

 

 

“Todos esses avanços serão louváveis e significativos, mas ainda assim, nos falta ambição e ousadia. A crise da governança global requer transformações estruturais. A pandemia, os conflitos na Europa e no Oriente Médio, a corrida armamentista e a mudança do clima escancaram as limitações das instâncias multilaterais.”

“A maioria dos órgãos carece de autoridade e meios de implementação para fazer cumprir suas decisões. A Assembleia Geral perdeu sua vitalidade e o Conselho Econômico e Social foi esvaziado. A legitimidade do Conselho de Segurança encolhe a cada vez que aplica duplos padrões ou se omite diante de atrocidades”, listou Lula.

O presidente brasileiro cobra, desde seu primeiro mandato em 2003, que o Conselho de Segurança da ONU passe a incluir países em desenvolvimento e potências globais que, quando a ONU foi criada no pós-Segunda Guerra, acabaram excluídas por terem perdido o confronto.

 

🌍Junto com Alemanha, Japão e Índia, o Brasil forma o “G4”, grupo que pressiona pelo aumento das cadeiras permanentes no Conselho de Segurança e pleiteia as novas vagas.

 

🌍Desde 1945, o conselho tem os mesmos cinco membros permanentes: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

 

🌍O Conselho de Segurança vem sendo criticado por sua paralisia frente a guerras que envolvem seus próprios membros, como a invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra entre Israel (apoiado pelos EUA) e os grupos extremistas Hamas e Hezbollah no Oriente Médio.

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