Quatro suspeitos são mortos em operação da Polícia Civil em Manguinhos; funcionária da Fiocruz é ferida por estilhaços

Uma operação da Polícia Civil em Manguinhos na manhã desta quarta-feira (8) terminou em tiroteio dentro da Fundação Oswaldo Cruz. Segundo o delegado André Neves, 4 suspeitos foram mortos em confronto.

 

Com a troca de tiros, as avenidas Leopoldo Bulhões e Dom Hélder Câmara foram interditadas, e alguns disparos atingiram a vizinha Cidade da Polícia.

 

Nove linhas de ônibus municipais tiveram seus itinerários desviados e um ônibus da linha 711 (Rio Comprido x Rocha Miranda) foi apedrejado, segundo a Rio Ônibus (veja abaixo a lista).

 

Já a Fiocruz afirmou que uma trabalhadora do campus foi atingida por estilhaços causados por uma bala perdida. A instituição divulgou uma nota em que afirma: “A ação da Polícia Civil dentro da Fiocruz coloca trabalhadores em risco.”

 

A Polícia Civil ainda disse que um funcionário da Fiocruz foi preso em flagrante. “Ele estava auxiliando na fuga de traficantes da comunidade.” A fundação rebateu, afirmando que era um vigilante do complexo.

O que disse a Fiocruz

“Agentes entraram descaracterizados e sem autorização no campus da Fiocruz (campus Manguinhos-Maré) para o que seria uma incursão na comunidade de Varginha”, descreveu.

 

“Um projétil atingiu o vidro da sala de Automação, de Bio-Manguinhos, fábrica de vacinas da Fiocruz, e uma trabalhadora recebeu atendimento médico por conta dos estilhaços”, destacou.

 

“Um supervisor da empresa que presta serviços para a Gestão de Vigilância e Segurança Patrimonial da Fiocruz foi levado pelos policiais de forma arbitrária para a delegacia, algemado”, emendou.

 

“O vigilante fazia o trabalho de desocupação e interdição da área como medida de segurança para os trabalhadores, alunos e demais frequentadores do campus, no momento da incursão policial, e foi acusado de dar cobertura a supostos criminosos que estariam em fuga”, declarou.

 

“Toda a ação da Polícia Civil ocorre de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco.”

 

Quatro suspeitos são mortos em operação da Polícia Civil em Manguinhos; funcionária da Fiocruz é ferida por estilhaços

Polícia Civil afirmou que um funcionário da Fiocruz foi preso em flagrante. ‘Ele estava auxiliando na fuga de traficantes da comunidade’, declarou.

Por Rafael Nascimento, Marcello Victor, g1 Rio e TV Globo

 

08/01/2025 10h57 Atualizado há 8 minutos

 

Funcionária da Fiocruz fica ferida durante operação da Polícia Civil

 

 

Uma operação da Polícia Civil em Manguinhos na manhã desta quarta-feira (8) terminou em tiroteio dentro da Fundação Oswaldo Cruz. Segundo o delegado André Neves, 4 suspeitos foram mortos em confronto.

 

Com a troca de tiros, as avenidas Leopoldo Bulhões e Dom Hélder Câmara foram interditadas, e alguns disparos atingiram a vizinha Cidade da Polícia.

 

Nove linhas de ônibus municipais tiveram seus itinerários desviados e um ônibus da linha 711 (Rio Comprido x Rocha Miranda) foi apedrejado, segundo a Rio Ônibus (veja abaixo a lista).

 

Já a Fiocruz afirmou que uma trabalhadora do campus foi atingida por estilhaços causados por uma bala perdida. A instituição divulgou uma nota em que afirma: “A ação da Polícia Civil dentro da Fiocruz coloca trabalhadores em risco.”

 

A Polícia Civil ainda disse que um funcionário da Fiocruz foi preso em flagrante. “Ele estava auxiliando na fuga de traficantes da comunidade.” A fundação rebateu, afirmando que era um vigilante do complexo.

 

Veja o que cada lado declarou sobre o incidente.

 

Polícia Civil faz operação em Manguinhos

 

 

O que disse a Fiocruz

“Agentes entraram descaracterizados e sem autorização no campus da Fiocruz (campus Manguinhos-Maré) para o que seria uma incursão na comunidade de Varginha”, descreveu.

 

“Um projétil atingiu o vidro da sala de Automação, de Bio-Manguinhos, fábrica de vacinas da Fiocruz, e uma trabalhadora recebeu atendimento médico por conta dos estilhaços”, destacou.

 

“Um supervisor da empresa que presta serviços para a Gestão de Vigilância e Segurança Patrimonial da Fiocruz foi levado pelos policiais de forma arbitrária para a delegacia, algemado”, emendou.

 

“O vigilante fazia o trabalho de desocupação e interdição da área como medida de segurança para os trabalhadores, alunos e demais frequentadores do campus, no momento da incursão policial, e foi acusado de dar cobertura a supostos criminosos que estariam em fuga”, declarou.

 

“Toda a ação da Polícia Civil ocorre de forma arbitrária, sem autorização ou comunicação com a instituição, colocando trabalhadores e alunos da Fiocruz em risco.”

Policial civil armado na Fundação Oswaldo Cruz na manhã desta quarta (8). — Foto: Arquivo pessoal

Policial civil armado na Fundação Oswaldo Cruz na manhã desta quarta (8). — Foto: Arquivo pessoal

 

O que disse a Polícia Civil

“Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da 21ª DP (Bonsucesso) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizam nesta quarta-feira uma ação da ‘Operação Torniquete’, na região do Complexo de Manguinhos, Zona Norte do Rio. Até o momento, houve apreensão de armas e drogas, e um funcionário da Fiocruz foi preso em flagrante. Ele estava auxiliando na fuga de traficantes da comunidade”, informou.

 

“O objetivo da operação é o combate aos roubos e receptação de cargas praticados pela facção criminosa que explora as comunidades. As receitas advindas desses crimes financiam as atividades das organizações, as disputas territoriais e ainda garantem pagamentos a familiares de faccionados, estejam eles detidos ou em liberdade.”

 

“Durante as diligências, os agentes foram recebidos a tiros pelos criminosos e houve confronto”, destacou.

Nota da Rio Ônibus

“Devido a uma operação policial em Manguinhos, nove linhas de ônibus municipais estão com seus itinerários desviados e um ônibus da linha 711 (Rio Comprido x Rocha Miranda) foi apedrejado. Mais uma vez reiteramos o apelo as autoridades de segurança pública, ressaltando a necessidade urgente de se tomar providências para devolver o direito de viver em paz da população carioca.

 

Linhas desviadas:

 

265 – Marechal Hermes x Castelo

SP265 – Marechal Hermes x Term. Gentileza

298 – Acari x Castelo

350 – Irajá x Castelo

371 – Praça Seca x Praça Tiradentes

624 – Mariopolis x Praça Seca

630 – Iapi da Penha x Saens Pena

634 – Bananal x Saens Pena

711 – Rio Comprido x Rocha Miranda”

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