Militarização ou Centrão
LAÍRE ROSADO*
Existe alguma diferença entre a nomeação, pelo presidente da Republica em nomear empregos com o “Centrão” e a nomeação de dezenas de militares para o governo?
O ex-ministro Teich chegou a convidar o ex-presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, para ocupar a secretaria, mas a negociação se encerrou quando líderes do Centrão pediram o cargo.
Por outro lado, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, substituiu técnicos do ministério por representantes das forças armadas. Nada contra os militares, até porque, via de regra, possuem formação intelectual elevada e são cumpridores de normas. Acontece que não é dessas características que a saúde está necessitando.
Desde que assumiu o ministério, Pazuello já nomeou militares para 20 funções da pasta. A informação do Estadão é que outros vinte serão designados para diferentes cargos na pasta. Talvez, não estejam lembrando ao general que ele está dirigindo um cargo público ligado à área civil, e não uma pasta militar.
De qualquer maneira, com 40 oficiais ocupando cargos de confiança no ministério da Saúde, o general Eduardo Pazuello terá respaldo suficiente para continuar à frente do ministério durante todo o mandato do presidente Jair Messias Bolsonaro.
Laíre Rosado é médico e ex-deputado federal