“Não é só falar de seca…”

AINDA CONSELHO DE CULTURA

Causou estranheza que o Executivo mossoroense não tenha apresentado nenhum nome para concorrer à presidência do Conselho Municipal de Políticas Culturais. Coube aos representantes da sociedade civil concorrer entre si. O músico Diego Nunes foi eleito presidente, tendo como seu vice o ator e diretor Américo Oliveira.

Foto: Wilson Moreno/PMM.

 

 

 

 

 

 

 

EDITAL TIRANDO DO BOLSO?

Encerra-se hoje o edital de cultura da Potigás. Com cotas divididas em R$ 5 mil, 10, 15 e 20 mil, o que chama a atenção é o fato de que o proponente, exclusivamente pessoa jurídica, tem que bancar o próprio projeto. Ao reunir as notas e recibos gastos, deve apresentar a “prestação de contas” e assim ser ressarcido. Ora, se o artista tivesse dinheiro pra bancar seus projetos, para quê edital?

 

… POR FALAR NISTO

Está certo que a cada dia vivemos em um mundo mais burocrático. Acho até mesmo que seja necessário certas burocracias. Lembrando aqui de uma frase do poeta e presidente da Fundação José Augusto, quando os artistas reclamavam da burocracia, disse ele: “nem fui eu quem criei, nem sou eu que vou acabar”. Tudo isto pra dizer que alguns editais exageram mesmo pra valer… este da Potigás e o do Sebrae que o digam. Pedem até a placa da arca de Noé.

 

“NÃO É SÓ FALAR DE SECA”

Diz a canção de João do Vale “Orós”, imortalizada na voz de Raimundo Fagner que: “Não é só falar de seca/não tem só seca no sertão”. Quem visitar nosso chão estes dias vai ver do que o poeta estava falando. Está bonito de ver os rios e barragens cheios, açudes transbordando, sertanejo feliz da vida. Só faltava não ter esta doença no meio do mundo para tudo estar perfeito. No vídeo abaixo a barragem de Canindezinho, distrito de Potiretama/CE, onde nasci e me criei. Terra dos meus avós, tios, primos e muitos amigos.

 

NÃO ESPEREM POR MIM

Tenho feito o possível pra manter esta coluna diária, mas não é fácil, principalmente para quem executa mais de duas tarefa regulares diariamente. Assim, anotem no caderninho minhas faltas, mas não esperem por mim. O poeta Cid Augusto está botando pra moer em suas postagens, parabéns a ele.

 

“O NOVO SEMPRE VEM”

Eis que vai partir de um mossoroense um projeto inédito do cantor e compositor cearense Belchior. “Uma Turnê Catarina” foi realizada em 2005, Belchior gravou então oito poemas do poeta catarinense Cruz e Sousa, produzido pelo professor José Gomes Neto. Percorreram dez cidades e agora tudo isto vai virar CD.

 

…E PENSAR QUE

Mais ou menos nesta época (2005), Zé Gomes esteve em Mossoró e me ofereceu uma cópia deste material inédito, mas com uma condição: que eu não repassasse pra ninguém. Conhecedor da minha índole nada individualista e tendo certeza de que dividiria com alguns amigos que também compartilharam coisas do “rapaz latino-americano”, preferi não ficar com o CD. Se arrependimento matasse…

 

COVID

Esta doença perigosa e traiçoeira não poupa ninguém, nem os poetas. Estão acamados o cordelista Nildo da Pedra Branca e o cantor e compositor do Jucuri Maurílio Santos, este último, internado, mas com bom quadro clínico. Em Natal já há alguns dias o dono da Offset gráfica, Ivan Júnior, pessoa da melhor cepa. Torço para que todos consigam sair desta ilesos. Amém.

CHOVER

O saudoso grupo “Cordel do Fogo Encantado” fez uma bela homenagem ao simbolismo da chuva para nós, nordestinos. Uma reunião de sons e versos diversos de Zé da Luz com cantigas populares. Vale a pena ouvir sempre.

DIREITOS AUTORAIS

Mossoró deveria abordar este tema qualquer dia. Uma palestra, um seminário, um curso. Temos vários selos editoriais na cidade produzindo obras aos borbotões. Faculdade de Jornalismo e Letras. Artistas de muitos segmentos, instituições umas em cima das outras. o tema é propício e favorável.

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