Justiça arquiva mais uma investigação contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva

Único processo ainda aberto contra Lula é relativo à compra de caças suecos.

A juíza da 9ª Vara Federal de São Paulo federal, Maria Carolina Ayoub, determinou o arquivamento da investigação contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva por possível tráfico de influência internacional em favor a empreiteira OAS. As acusações foram feitas com base na delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e também acusavam Lula por crime de corrupção.

Segundo a juíza, não há elementos mínimos para dar continuidade à investigação, além disto, os crimes imputados ao ex-presidente já teriam prescrito. O arquivamento atende a um pedido da defesa de Lula, os advogados, Cristiano Zanin e Vanessa Teixeira, que justificaram o fato de nenhuma pessoa ouvida pela Polícia Federal ter confirmado a versão apresentada por Léo Pinheiro no momento de sua delação premiada, quando teria dito que Lula havia sido contratado pela OAS para realização de uma palestra na Costa Rica para influenciar os dirigentes daquele país a fazer negócios com a construtora. O próprio Pinheiro negou, em outra oportunidade, que tenha havido qualquer pagamento de vantagens indevidas a Lula.

“Decorridos mais de seis anos entre a data dos fatos (2011) e o presente momento, constata-se a prescrição da pretensão punitiva estatal de todos os delitos aqui investigados em relação a LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA. Ainda assim – e bem como com relação aos demais investigados não se faz presente justa causa para a continuidade das investigações, diante dos parcos indícios coletados”, escreveu a juíza.

A investigação também envolvia o ex-presidente do Instituto Lula Paulo Okamoto e o ex-executivo da OAS Augusto Uzeda, além de Léo Pinheiro. Com este, já são 19 processos de investigação instaurados contra Lula com base em acusações da Lava Jato arquivados. Assim, no momento, o único processo ainda aberto contra Lula é relativo à compra de caças suecos.

– Esses fatos confirmam que o ex-presidente foi vítima de lawfare, como sempre afirmamos. Revela, ainda, que a Lava Jato colocou em xeque o Estado de Direito ao realizar delações premiadas sabidamente descabidas com o nítido objetivo de atingir e aniquilar alvos pré-definidos. Afirmou o advogado Cristiano Zanin.

Com informações de Bela Megale, O Globo.

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