Novo projeto da Notre-Dame é acusado de transformar catedral de Paris em “Cristolândia” para turistas

A reforma da catedral Notre-Dame, em Paris, parcialmente incendiada em 2019, foi aprovada nesta quinta-feira (9) pela comissão de especialistas da área do patrimônio designados pelo Ministério da Cultura francês. A catedral, que recebia cerca de 12 milhões de turistas por ano antes do incidente, deve ser reaberta em 2024.

Segundo um comunicado duivulgado pelo Ministério, o projeto encomendado pela diocese de Paris deverá reavaliar, entretanto, o local onde serão posicionados os bancos e a as estátuas sagradas do monumento, nas 14 capelas, além de outros detalhes, como o acesso à cripta.

O novo design da Notre-Dame gera debate entre tradicionalistas e defensores da modernização do templo. Uma das polêmicas é a possibilidade de usar móveis contemporâneos na catedral histórica, que tem mais de 850 anos. A nave central, desde a entrada ao coro, também será reformada para dar mais espaço aos turistas e fiéis. A mudança também prevê que os turistas possam observar, ao visitarem o monumento, obras de arte recentes, que foram especialmente encomendadas para a reabertura da igreja.

Frases do Evangelho, traduzidas em inglês, chinês ou árabe também serão projetadas nas paredes do monumento.

“Todas essas transformações radicais são feitas em nome de uma liturgia “inventada”, estima Didier Rykner, especialista em História da Arte e um dos signatários de um texto contrário ao projeto assinado por cem personalidades e publicado no jornal Le Figaro nesta quinta.

Deixe um comentário