Bombardeio deixa 22 mortos perto da sede da Cruz Vermelha na Faixa de Gaza

Vinte e duas pessoas morreram e outras 45 ficaram feridas em um bombardeio que danificou o escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Faixa de Gaza. As informações foram divulgadas pela própria organização, na sexta-feira (21).

 

O escritório da Cruz Vermelha na região fica rodeado por centenas de pessoas desalojadas. Em uma rede social, a entidade disse que várias vítimas foram levadas para o hospital.

 

“Disparar tão perigosamente perto de estruturas humanitárias, cuja localização é de conhecimento das partes no conflito e que estão claramente marcadas com o emblema da Cruz Vermelha, coloca em perigo a vida dos civis e dos funcionários”, criticou a Cruz Vermelha.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, acusou os militares israelenses de terem “atacado as tendas dos civis deslocados em Al-Mawasi”.

 

À AFP, um porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que uma investigação inicial aponta não haver indícios de ataque em zona humanitária. No entanto, o caso está sendo apurado.

Intensificação dos ataques

As forças israelenses intensificaram, nesta sexta-feira, bombardeios na Faixa de Gaza, segundo testemunhas.

 

“Foi um dia difícil e muito violento na Cidade de Gaza. Até agora, cerca de 30 mortos foram levados ao hospital Al Ahli”, afirmou o médico Fadel Naim, diretor da instituição.

Palestinos também relataram bombardeios no centro do território e em Rafah, na região sul.

 

Mais de 1 milhão das 1,4 milhão de pessoas que viviam em Rafah — em sua maioria deslocadas por causa da guerra — fugiram da região desde 7 de maio. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) e levam em conta o início da operação terrestre de Israel na área.

 

Após mais de oito meses de guerra, a situação em Gaza é crítica, e a população está à beira da fome, segundo a ONU.

 

Segundo um dos agentes da OMS, a ajuda humanitária chega a conta-gotas e a “pausa” diária anunciada pelo Exército israelense nas operações no sul não tem “nenhum impacto” no encaminhamento de alimentos.

 

A guerra começou em 7 de outubro, quando militantes do Hamas invadiram Israel e mataram 1.194 pessoas. Além disso, 251 vítimas foram sequestradas. O Exército israelense estima que 116 pessoas continuam em cativeiro em Gaza, 41 das quais teriam morrido.

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