Campanha de Bolsonaro escala ministros para passar o chapéu em busca de dinheiro

"Cada um pedindo a quem conhece", diz uma fonte próxima do candidato à reeleição

Rodrigo Rangel – Metrópoles

Desde o primeiro turno o comando da campanha de Jair Bolsonaro reclama de falta de dinheiro. Um dos principais queixosos é Valdemar da Costa Neto, “dono” do partido do presidente, que cuida pessoalmente das planilhas de arrecadação — de dinheiro, como é sabido, ele entende bem.

Agora, no segundo turno, a choradeira está ainda maior. E para fazer pingar recursos nas contas do comitê e do PL, ministros do governo foram escalados para procurar empresários de quem são próximos em busca de ajuda.

Na noite de quinta-feira, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, viajou a São Paulo para um giro em busca de doações. Uma fonte ligada ao presidente conta que a ordem é para que todos da cúpula do governo se empenhem e façam a sua parte, já que estaria faltando até mesmo material de campanha. “Cada um pedindo a quem conhece”, diz.

Até esta semana, o QG bolsonarista havia arrecadado oficialmente R$ 42,3 milhões em doações, de acordo com os registros do Tribunal Superior Eleitoral. É quase a metade do teto de gastos de R$ 88 milhões previsto no início da corrida presidencial.

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