Cármen Lúcia diz que não fala de delações da Odebrecht “nem sob tortura”
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou na quinta-feira, 26, durante a saída da corte, que não falaria sobre homologação da delação premiada da Odebrecht “nem sob tortura”. A declaração foi feita em resposta aos questionamentos de jornalistas de se a ministra pretende homologar as delações da empreiteira durante o recesso do Judiciário.
Com a morte do relator da Operação Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, que estava responsável pelas delações da Odebrecht, a presidente do Supremo autorizou os juízes auxiliares do caso a retomarem os procedimentos formais para que as delações de executivos da empreiteira Odebrecht sejam homologadas, no âmbito da Operação Lava Jato.
O ministro Teori Zavascki morreu em um acidente de avião na quinta-feira, 19. Ele trabalhava durante o recesso nas 77 delações da Odebrecht que se encontram em seu gabinete e estavam prestes a ser homologadas e serem validadas como prova.
Teori já havia autorizado que seus juízes auxiliares começassem a ouvir os delatores esta semana para saber se eles prestaram de livre e espontânea vontade as informações que constam nos mais de 800 depoimentos colhidos pelo Ministério Público Federal (MPF).