Dia de memória por vítimas do holocausto é celebrado hoje em São Paulo

 Data marca liberação de prisioneiros de Auschwitz

Agência Brasil São Paulo

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto será celebrado neste domingo (26) na Sinagoga Etz Chaim da Congregação Israelita Paulista (CIP), na região central da capital. O dia 27 de janeiro é a data em que as tropas soviéticas libertaram os prisioneiros do Campo de Concentração de Auschwitz, na Alemanha. Neste ano, são lembrados os 75 anos da interrupção do extermínio no maior dos centros de morte do regime nazista.

Na cerimônia, sobreviventes, líderes religiosos e autoridades acenderão seis velas. Será feita ainda uma homenagem à sobrevivente do holocausto Rachela Gotthilf z’l, que teve a mãe e os avós assassinados pelos nazistas e morreu no ano passado.

O ator Sergio Mamberti receberá uma placa pelo conjunto da sua obra artística. Ele estreia no fim do mês a peça O Ovo de Ouro que trata do conflito dos prisioneiros dos campos de concentração que eram obrigados a auxiliar os soldados nazistas.

O hall da sinagoga vai receber uma exposição de trabalhos feitos por adolescentes que cumprem medida de internação no Centro Socioeducativo de Uberaba. Os jovens fizeram releituras de poemas e pinturas da época do holocausto.

O evento é organizado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e pela CIP, com apoio do Consulado Geral de Israel em São Paulo. A cerimônia começa às 18h30 na Rua Antônio Carlos, 653, na Consolação.

Memória

O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi instituído em 2005 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. O regime nazista assassinou cerca de seis milhões de judeus. Mas também foram vítimas da política extermínio ciganos, homossexuais e comunistas. Pelo campo de Auschwitz, passaram mais de 1 milhão das vítimas do regime.

Os nazistas chegaram ao poder na Alemanha em 1933, sob o comando de Adolf Hitler. A partir de um nacionalismo exacerbado, foram instauradas políticas de cunho racista de perseguição a minorias étnicas, especialmente os judeus. O regime alemão se aproximou de outros países que, à época, estavam sob o domínio de ideologias semelhantes para desencadear a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Foi durante esse período que os campos de concentração fizeram a maior parte de suas vítimas.