Dia de memória por vítimas do holocausto é celebrado hoje em São Paulo
Data marca liberação de prisioneiros de Auschwitz
Agência Brasil São Paulo
Na cerimônia, sobreviventes, líderes religiosos e autoridades acenderão seis velas. Será feita ainda uma homenagem à sobrevivente do holocausto Rachela Gotthilf z’l, que teve a mãe e os avós assassinados pelos nazistas e morreu no ano passado.
O ator Sergio Mamberti receberá uma placa pelo conjunto da sua obra artística. Ele estreia no fim do mês a peça O Ovo de Ouro que trata do conflito dos prisioneiros dos campos de concentração que eram obrigados a auxiliar os soldados nazistas.
O hall da sinagoga vai receber uma exposição de trabalhos feitos por adolescentes que cumprem medida de internação no Centro Socioeducativo de Uberaba. Os jovens fizeram releituras de poemas e pinturas da época do holocausto.
O evento é organizado pela Confederação Israelita do Brasil (Conib), a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e pela CIP, com apoio do Consulado Geral de Israel em São Paulo. A cerimônia começa às 18h30 na Rua Antônio Carlos, 653, na Consolação.
Memória
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi instituído em 2005 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. O regime nazista assassinou cerca de seis milhões de judeus. Mas também foram vítimas da política extermínio ciganos, homossexuais e comunistas. Pelo campo de Auschwitz, passaram mais de 1 milhão das vítimas do regime.
Os nazistas chegaram ao poder na Alemanha em 1933, sob o comando de Adolf Hitler. A partir de um nacionalismo exacerbado, foram instauradas políticas de cunho racista de perseguição a minorias étnicas, especialmente os judeus. O regime alemão se aproximou de outros países que, à época, estavam sob o domínio de ideologias semelhantes para desencadear a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Foi durante esse período que os campos de concentração fizeram a maior parte de suas vítimas.