Em audiência pública, empresários criticam proposta de aumento do ICMS no RN

Em audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (3) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, representantes de entidades empresariais do estado criticaram a proposta de aumento da alíquota de ICMS de 18% para 20% feita pelo governo do estado.

 

O projeto de lei já foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e aguarda análise da Comissão de Finanças da Casa antes de seguir para votação dos deputados em plenário.

 

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é a principal fonte de arrecadação de recursos do estado e a alíquota básica é o percentual pago ao poder público sobre o valor de praticamente todos os produtos.

 

Por exemplo, se o consumidor comprar uma roupa por R$ 100, R$ 18 são de tributo. Se o aumento for aprovado, serão R$ 20.

 

Representantes do comércio e turismo foram alguns dos que se posicionaram contra o aumento. Segundo os empresários contrários à medida, a mudança deverá causa aumento do preço dos combustíveis, além de serviços de bares e restaurantes.

“Aumento de imposto a gente não pode ser a favor. Até porque a gente não vê esse retorno em serviços excelentes que deveriam ser a despeito do imposto que a gente paga. Mas o problema maior do nosso setor é o aumento da matéria prima, que com certeza vai aumentar”, afirmou Paolo Passarielo, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no RN (Abrasel/RN).

 

No setor de combustível, a gasolina e o diesel já tem previsto um reajuste de ICMS a partir de fevereiro de 2025. Na gasolina hoje, o consumidor paga R$ 1,37 e vai pagar R$ 1,47. Já no diesel, é de R$ 1,06 vai passar a R$ 1,12″, afirmou Maxwell Flor, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos).

 

Participante da audiência, o Secretário de Fazenda do Estado, Carlos Eduardo Xavier, argumentou que o estado precisa o recurso para honrar as contas públicas em 2025.

 

“Fazendo essa majoração da alíquota, o estado vai ter uma condição melhor de prestar serviços públicos para a sociedade. Repito aqui, a situação da saúde passa pela dificuldade financeira que o estado tem hoje. Se a gente tem problema com fornecedores nos hospitais e a gente espera contar com essa majoração da alíquota no ano que vem para melhorar o fluxo de financiamento do estado com os fornecedores, que acaba se transformando na melhoria das políticas públicas prestadas pelo estado para a população”, disse o secretário.

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