Israel será o primeiro país a aplicar a quarta dose da vacina anticovid

O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, anunciou na terça-feira (21) que Israel começará a aplicar a quarta dose da vacina contra a Covid-19 em breve. Essa nova fase da campanha no país que foi um dos pioneiros da imunização ao coronavírus se foca nos profissionais da saúde e pessoas com mais de 60 anos.

“Os cidadãos de Israel foram os primeiros do mundo a receber uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 e seguimos na vanguarda com a quarta dose”, declarou Bennett em um comunicado divulgado por seu gabinete. O premiê convocou as pessoas que cumprem os requisitos a “se vacinarem”.

Pessoas imunodeprimidas também poderão beneficiar do imunizante quatro meses após a terceira injeção, indicou um comunicado do Ministério da Saúde.

A decisão foi divulgada após uma reunião dos ministros israelenses sobre a pandemia. A preocupação cresce com o aumento de casos de Covid-19 relacionados à variante ômicron. O primeiro-ministro aceitou a recomendação do painel de especialistas que aconselha o governo como “uma grande notícia que nos ajudará a superar a propagação da variante ômicron que assola o mundo”.

Mais de 4,1 milhões de israelenses receberam três doses da vacina contra o coronavírus neste país de 9,3 milhões de habitantes. Israel também foi uma das primeiras nações a começar a imunizar crianças de 5 a 11 anos.

Ômicron aumenta quantidade de países na “lista vermelha”

O primeiro caso da variante ômicron foi descoberto em Israel no fim de novembro. Atualmente, o país contabiliza mais de 175 pessoas contaminadas pela cepa, mas os especialistas acreditam que há muitos casos não detectados e que os números devem aumentar ainda mais nos próximos dias.

Para tentar conter a propagação da variante, Israel fechou novamente as fronteiras do país em 28 de novembro para estrangeiros, menos de um mês depois da abertura. Em seguida, estabeleceu uma “lista vermelha” de países considerados como destinos de risco aos israelenses.

Na segunda-feira (20), a lista passou a incluir Estados Unidos, Canadá e Alemanha e já citava todos os países da Europa, incluindo Portugal, França e Inglaterra, além de toda a África. O Brasil não está na lista.

Na prática, a medida proíbe viagens dos israelenses para esses países, exceto se houver uma autorização especial. Os cidadãos que voltarem dessas nações precisam cumprir quarentena de sete dias e realizar vários testes para detectar se estão ou não infectados.

Segundo o porta-voz do comitê parlamentar, Ronit Gal, as restrições serão mantidas pelo menos até dia 29 de dezembro.

(Com informações da AFP)

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