LIÇÕES DA VIDA – A PLENITUDE DOS TEMPOS – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo
LIÇÕES DA VIDA – A PLENITUDE DOS TEMPOS – (Artigo da Semana) – alfredo.ricardo@hotmail.com
LIÇÕES DA VIDA – A PLENITUDE DOS TEMPOS
Nas sagradas Letras, encontramos o doutor e apóstolo Paulo, traduzindo de uma forma espetacular o verdadeiro sentido da plenitude dos tempos, ao declarar: “Assim também nós, quando éramos menores, estávamos escravizados aos princípios elementares do mundo. Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei; para que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4:3-5).“Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento. E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo; isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos”(Efésios 1:7-10).
A ideia de plenitude dos tempos era comum na Grécia entre os sábios para relatar as coisas, futura e aplicadas no presente. O apóstolo que teve sua formação nas universidades de Jerusalém aos pés do grande mestre do direito de sua época Gamaliel. E é exatamente deste convívio que ele adquiriu o conhecimento secular, que mais tarde foi útil para o desenvolver suas cartas, que logo se tornaram doutrinas.
Na visão teológica, a plenitude dos tempos é o momento assertivo para cumprimento das ordens divinas. Ou seja, é quando o cumprimento de um período.
Quando olhamos para o original da expressão plenitude dos tempos, exposta pelo mestre Paulo, compreendemos que o sentido da expressão está relacionado diretamente e ligado as palavras consumação, realizado e cumprimento, que em grego é pleroma, ou seja, aquilo que é preenchido.
A plenitude dos tempos para o nascimento do Cristo foi planejada em cada detalhe, e tornada ciente durante muito tempo e por diversos homens e mulheres cheios do espírito de Deus. Vejamos: prometido ao mundo no Éden; Cristo é filho de um profeta; anunciado e esperado pelos patriarcas; a semente da mulher; o esmagador do inimigo de Deus; o cordeiro páscoa; o tabernáculo apontava para ele como sumo sacerdote; a arca da aliança simboliza a sua aliança de salvação para o homem; os objetos dentro da arca, anunciavam Ele como redentor da humanidade; Nele estar todo sentido das festas, templo e dos sacríficos; o descanso do sábado é símbolo da sua paz eterna e descaço das lutas da vida; a coluna de fogo simboliza o seu juízo e proteção contra o frio da morte; a coluna de nuvem de dia simboliza a segurança dos dias de aflição; o maná simboliza a sua eterna proteção contra a fome e o desespero; a rocha que saiu água, simboliza seu poder em preencher a vida de alegria independentemente dos problemas, então tudo indicava que ele estava findo e cumpriria tudo que sobre ele foi falado, escrito e doutrinado.
Nesta plenitude dos tempos, todos os sistemas mundanos foram preparados para o receber, e cada um com sua missão. Vejamos: o sistema religioso foi preparado para falar do seu nascimento; o sistema mundano foi preparado para que a nação babilônica organiza-se o jurídico em formatado de legislação; já o império medo-persas ficou a cargo de organizar o sistema tributário, que o fizeram com grande eficiência; já o império grego foi responsável pela cultura mundial e aplicação de uma língua universal; o império Romano foi responsável pelo aprimoramento do sistema jurídico e politico mundial; já a nação de Israel deu ao mundo as Sagradas Letras que indicava o caminho da salvação. E assim a plenitude dos tempos estava completa para o nascimento do rei universal, Jesus Cristo, a porta que liga o homem a Deus.
Por fim, temos a ação do Rei universal movendo o império romano para fazer o recenseamento em todo seu domínio, para que cumprisse o nascimento de Jesus no lugar da promessa, a cidade de Belém.
Os seres celestiais estavam de prontidão para anunciar ao mundo o seu nascimento. Como declara o Evangelista Lucas, ao afirmar: “Um anjo anunciou o nascimento do Salvador aos pastores perto de Belém (Lucas 2:9–12), “E no mesmo instante, apareceu (…) uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!” (Lucas 2:13–14.) E o verbo se fez carne! “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. (João 1:14)
Portanto, o rei universal se fez carne e habitou entre nós, e virmos a glória de Deus. Pois Ele é o pão que sacia a fome, a luz do mundo em meios as trevas, a porta das ovelhas, o bom pastor, a ressurreição e a vida, o caminho, o farol de Deus, a verdade eterna, a videira verdadeira, aquele que há voltar, a palavra viva. Aleluia! Aleluia! Aleluia! O eterno estar vivo e reina sobre todos os mundos, e somente a Ele toda a honra e toda a glória.
Muita Paz, Luz e Justiça a todos!
Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo