Ministério da Justiça desconfia que obra em penitenciária federal tenha favorecido fuga de presos

 

Ministério da Justiça desconfia que obra em penitenciária federal tenha favorecido fuga de presos

Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco presídios de segurança máxima em cinco estados.

Por César Tralli, TV Globo

 

14/02/2024 14h23 Atualizado há 24 minutos

 

Brasil registra primeira fuga de um presídio de segurança máxima, em Mossoró (RN)

 

 

A penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, está em reforma, e a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça (Senappen) desconfia que as obras podem ter favorecido a fuga de dois presos: Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos.

 

Esta é a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que conta com cinco presídios de segurança máxima em cinco estados (Paraná, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Distrito Federal e Rio Grande do Norte).

 

O governo federal ainda não informou as circunstâncias da fuga dos dois presos.

 

Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”. Ambos são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023.

 

Os presídio de segurança máxima de Mossoró foi inaugurado em 2009 e tem capacidade para 208 presos. A unidade recebeu os primeiros detentos em fevereiro de 2010 —eram 20, transferidos do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte.

Área total de 12,3 mil metros quadrados.

Celas individuais, divididas em quatro pavilhões, mais 12 de isolamento para os presos recém-chegados ou que descumprirem as regras.

As celas têm sete metros quadrados. Dentro delas há dormitório, sanitário, pia, chuveiro, uma mesa e um assento.

Cada movimento do preso é monitorado. O chuveiro liga em hora determinada, a comida chega através de uma portinhola e a bandeja é inspecionada.

Não há tomadas, nem equipamentos eletrônicos dentro das celas.

As mãos devem estar sempre algemadas no percurso da cela até o pátio onde se toma sol.

Câmeras de vídeo reforçam a segurança 24 horas por dia, segundo o governo federal.

Dentro do presídio, ainda há biblioteca, unidade básica de saúde e parlatórios para recebimento de visitas e de advogados, além de local para participação de audiências judiciais.

Os presídios federais são administrados pela Senappen, ligada ao Ministério da Justiça e, até então, nunca tinham registrado fuga.

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