Muito além da academia: saiba os reais benefícios da creatina para a terceira idade
Mais força, equilíbrio, imunidade e ossos mais fortes são alguns dos benefícios da creatina
Conforme envelhecemos, o nosso corpo passa a exigir novos cuidados e atenção especial à saúde, tanto mental quanto física. Para mitigar os efeitos das dores articulares, perda de massa muscular, perda de cálcio, aumentar a mobilidade, melhorar a circulação sanguínea e aumentar a capacidade cardiopulmonar, muitos médicos geriátricos têm recomendado a atividade física em academias para a terceira idade.
Além dos exercícios físicos, na terceira idade, é preciso se atentar muito à alimentação (já que idosos têm a tendência de absorver menos vitaminas e minerais) e combater essa deficiência de absorção com uma suplementação proteica e vitamínica. Um dos suplementos mais indicados, em conjunto com os exercícios da academia, é a creatina.
O que é creatina?
A creatina é uma substância produzida naturalmente em nosso corpo, a partir de 3 aminoácidos (glicina, metionina, arginina), através do pâncreas, fígado e rins. A creatina fica armazenada nos feixes de músculos e funciona como combustível para as atividades das células musculares.
Além da produção natural no nosso corpo, podemos obter a creatina através da ingestão de alimentos ricos em proteína, em especial carne vermelha e peixes. Também é possível obter uma dosagem maior de creatina através de suplementação.
Para que serve a creatina?
A creatina é um dos suplementos mais estudados, com eficácia comprovada, justamente por conta da sua produção natural em nosso corpo. A creatina tem a função de fornecer energia instantânea para as células musculares durante movimentos intensos, aumentar a densidade óssea e contribuir para a reparação de fibras musculares durante o período de descanso pós-treino.
Por que a creatina é importante para idosos?
Como é de conhecimento comum, a terceira idade requer atenção especial justamente pela dificuldade de metabolizar certas substâncias, absorver nutrientes e apresentar perda de massa muscular e óssea acelerada.
Muitos estudos demonstram que a suplementação de creatina em idosos, em conjunto com atividade física leve a moderada, apresenta não só a completa estagnação da perda de massa muscular e óssea, como um ganho significativo desses dois elementos, atrasando os sinais de envelhecimento e prolongando a saúde física dos objetos de estudo.
Outros estudos indicam que a creatina tem um leve efeito de reparação na coordenação motora, em especial no equilíbrio, um fator de risco em idosos, que podem se machucar ou sofrer fraturas com quedas, devido à perda de equilíbrio e falta de força.
O aumento da densidade óssea causada pelo consumo de creatina também previne doenças degenerativas como osteoporose, que pode aumentar o risco de fraturas.
A creatina foi apontada também como agente que auxilia na produção de linfócitos T, células do sistema imunológico extremamente importantes no combate a infecções. Além disso, existem estudos que apontam as propriedades antioxidantes da creatina como um escudo contra os radicais livres que prejudicam as células responsáveis pela atividade cerebral, ou seja, ajudando na proteção contra doenças neurológicas degenerativas.
Vale lembrar que, para iniciar a suplementação de creatina, é preciso fazer um acompanhamento médico e nutricional, para que as doses sejam ajustadas e os efeitos sejam registrados de forma eficiente.