OPINIÃO”: “A ESCOLHA DO MINISTRO JOSÉ MUCIO”

 

Ney Lopes

A previsão era que uma das transições de governo mais delicadas fosse na área militar.

Entretanto, pelos sinais externos, está se processando de forma supertranquila, diante da escolha praticamente confirmada do ex-ministro José Mucio Monteiro.

Ao que se sabe existe até um certo entusiasmo pela escolha dos 16 generais integrantes do Alto Comando do Exército.

De maneira informal, o futuro ministro já procurou o presidente Bolsonaro, de quem foi colega anos na Câmara dos Deputados.

Com excesso de cuidados, disse ao presidente, que “se vier a ser ministro” terá uma atuação em busca da paz e da concórdia.

O Ministro José Mucio tem inegável capacidade política.

Já ocupou com sucesso o Ministério das Relações Institucionais da Presidência da República.

Com ele convivi vários anos na Câmara dos Deputados.

Partilhamos alegrias, angustias, relatorias de matérias importantes e tivemos visões comuns de questões nacionais desafiadoras.

Agora, em momento decisivo para o futuro do país, ele terá a oportunidade de colocar a sua vasta experiência em favor da governabilidade democrática.

Não se pode negar, que na história nacional as Forças Armadas são historicamente o alicerce da nossa democracia.

A governabilidade democrática coloca-se como o único caminho para a realização das reformas exigidas pela sociedade.

Sem ela, não haverá governo estável, em razão da sobrecarga das demandas sociais e a falta de condições políticas e econômicas para atendê-las.

A Constituição Federal de 1988, que instituiu, na República Federativa Brasileira, cita 21 vezes a expressão “Forças Armadas”.

Pode-se concluir que essas Forças possuem um papel relevante na Democracia brasileira.

A contribuição das Forças Armadas está na visão do desenvolvimento nacional de longo prazo, elaborado e baseado nos propósitos comuns da paz, a justiça social, a equidade, a superação da pobreza, a integração regional, a plena vigência da democracia.

A busca da união desses pontos se chama criar condições de governabilidade.

É a arte política do entendimento e construção de alternativas partilhadas.

A liderança do ministro José Mucio Monteiro, pelo seu espírito conciliador, será no sentido de assegurar a atuação das Forças Armadas na “garantia da lei e da ordem”, sua missão constitucional, através da preservação da incolumidade das pessoas (garantir a segurança dos indivíduos, notadamente a intangibilidade do direito à vida e à integridade física) e a incolumidade do patrimônio (salvaguardar a propriedade privada dos indivíduos).

Por conhecer de muitos anos o espírito público do ministro José Mucio registro a crença, de que ele, contribuirá com o seu perfil discreto e conciliador, para a estabilidade do futuro governo Luis Inácio Lula da Silva.

Quem ganhará será o Brasil!

 

Deixe um comentário