OPINIÃO: “PLANOS DE SAÚDE E ÔNUS DOS USUÁRIOS”

 

Ney Lopes

O símbolo do labirinto de Creta na mitologia grega assemelha-se as regras legais e regulamentações sobre planos de saúde no Brasil.

O Labirinto na Grécia era usado como sinônimo de confusão, difícil, algo complicado.

Assim são as normas brasileiras e, sobretudo, as resoluções da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que entram em vigor sem o usuário saber e regulam até norma constitucional.

Quantas vezes o beneficiário é surpreendido com a negativa de um exame e até cirurgia, com o paciente já na espera do tratamento.

Um absurdo!

Isto ocorre com as operadoras de planos de saúde registrando lucro líquido em 2023 de R$ 2,985 bilhões, de acordo com dados divulgados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Esse resultado corresponde a cerca de 1% da receita total acumulada no período, que foi superior a R$ 319 bilhões.

A cada R$ 100 de receita, o setor registrou cerca de R$ 1 de lucro ou sobra.

O mais grave é quem sai sempre perdendo é o usuário do plano.

Índice de funcionários pagando pelo menos parte da cobertura saltou de 40% em 2023 para 54% em 2024, mostra pesquisa.

Também aumentou o valor pago pelos funcionários.

Em 2023:  40% da mensalidade, em média. Em 2024 passaram a pagar 55% da mensalidade.

Deve-se observar, que a utilização dos serviços de saúde aumentou significativamente em 2022 e 2023, causando um rombo financeiro nas operadoras de saúde, que tiveram que reajustar os preços, impactando diretamente nos orçamentos das empresas que ofereciam esses benefícios.

Uma das alternativas para equilíbrio do custo benefício dos serviços foi e aumentar a participação dos funcionários no pagamento do plano para assim, dividir a despesa com o próprio seguro saúde.

Diante desse cenário, as empresas buscaram estratégias para continuar oferecendo o benefício e minimizar o prejuízo que estavam sofrendo.

Esse sistema modera o uso excessivo dos serviços de saúde, além de ajudar a evitar fraudes.

Trump quer tumultuar

Trump continua a plantar sementes de dúvida entre os seus seguidores muito antes do dia das eleições.

Ele propaga que: ou ele venceria, ou a eleição seria fraudada. Ameaça afastar-se da OMS e ser contra vacinas em casos de pandemias.

Trump chama a eleição de 2022 da “Grande Mentira” – a falsa alegação de que a eleição foi roubada dele – o que levou à insurreição de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos Estados Unidos.

Não há nenhuma evidência que apoie as acusações de Trump, mesmo depois do fim da sua presidência.

E agora, enquanto tenta regressar à Casa Branca, a mesma reivindicação tornou-se a espinha dorsal da sua campanha.

Loyce Pace, representante dos Estados Unidos na Organização Mundial da Saúde, foi incisivo:

“Aqueles de nós que trabalham na saúde pública reconhecem que outra pandemia pode realmente estar ao virar da esquina”.

Isso significa reconhecer que uma nova pandemia pode surgir a qualquer momento.

“Donald Trump está na sala”, disse Lawrence Gostin, diretor do Centro de Legislação Sanitária Global da OMS.

Referiu-se ao risco da eleição de Trump que conspira contra toda política de prevenção de pandemias.

Um risco à vista!

Salários elevados advogados juniores

Na semana passada, o Linklaters tornou-se o mais recente escritório de advocacia a aumentar as taxas para seus juniores recém-qualificados para £ 150.000 mensais (cerca de U$ 191 mil dólares) por ano, enquanto os rivais dos EUA pagam quantias ainda maiores.

Quinn Emanuel, um escritório de advocacia dos EUA especializado em litígios, aumentou sua taxa inicial de salário no Reino Unido para £ 180.000 este mês.

Esta é uma grande disparidade salarial entre os jovens licenciados em profissões diversas.

A Freshfields, empresa de advocacia americana, aumentou em 50% as tarifas para advogados que se qualificaram após dois anos de treinamento nos últimos cinco anos.

Realmente, é um fenômeno que abre perspectivas para a classe de advogados.

Infelizmente, essa “onda” não chegou ainda no Brasil.

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