OPINIÃO: “UMA VITÓRIA DA LIBERDADE DE IMPRENSA”

 

Ney Lopes

Ontem, 25 de junho de 2024, foi um dia que passará a história pela vitória da democracia e da liberdade de imprensa.  O australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, foi libertado da prisão, após acordo judicial com os EUAAssange se declarou culpado de uma acusação de espionagem. Ele voltará para casa, na Austrália, depois de anos lutando contra a extradição dos EUA.

O rito legal para obter a liberdade exige que Assagen se declare condenado à prisão de 62 meses. Como já cumpriu mais de 62 meses será solto. O acordo encerra a longa saga legal sobre uma das maiores liberações de materiais confidenciais da história, que se estendeu por quase uma década e meia.

Em 2006, Julian Assange criou a WikiLeaks com intenção de denunciar e expor comportamentos de políticos corruptos. Trata-se de uma organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia, que publica, em sua página, postagens de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre corrupção e desmandos.

Em 2010, o site publicou um conjunto de documentos militares e secretos vazados por Chelsea Manning, o ex-analista de inteligência do exército dos EUA que, enquanto servia no Iraque, copiou centenas de milhares de registros de incidentes militares e cerca de 250 mil telegramas diplomáticos. Um dos materiais vazados era um vídeo que exibia soldados norte-americanos executando 18 civis de um helicóptero no Iraque.

Mas foi em 2016 que o site ganhou maior visibilidade com as eleições presidenciais dos Estados Unidos. A partir daí tudo vira contra Assange, o criador da WikiLeaks.  Documentos do Governo americano começam a ser vazados desagradando a administração do EUA.

Assange é acusado de vazar 700 mil documentos confidenciais americanos, desde 2010.O site começou a publicar documentos mais sérios relacionados a tortura da CIA, guerra, documentos do Afeganistão e Iraque e documentos do Departamento de Estado.

O presidente dos Estados Unidos e seu governo passaram a enxergar Julian Assagen como uma intimidação para o país. Assange recebeu os documentos e apenas os publicou, como qualquer meio de comunicação faria. Por isso, é inevitável afirmar que a prisão de Julian Assange é um ataque à liberdade de imprensa. A causa de Assange conta com o apoio da ONG Anistia Internacional e de várias outras organizações,

“Julian Assange está livre”, disse o WikiLeaks, acrescentando que ele “pagou caro” pela publicação de histórias de “corrupção governamental e abusos dos direitos humanos”.

O fundador do WikiLeaks esteve preso na Inglaterra desde 2019, após passar sete anos confinado na embaixada do Equador em Londres, onde buscou refúgio para evitar a extradição por acusações de agressão sexual na Suécia, que mais tarde foram retiradas.

O caso de Assange mobilizou todos aqueles que são defensores da liberdade de imprensa e expressão.

Ingratidão com Fernando Diniz no Fluminense

Os comportamentos dos dirigentes de clubes de futebol, em certas ocasiões, demonstram profunda ingratidão e desrespeito humano aos profissionais e atletas. Exemplo foi a recente demissão de Fernando Diniz, como técnico do Fluminense. Isso aconteceu, após algumas derrotas, muitas vezes causadas por desídias dos jogadores. Tais insucessos não poderiam esquecer de repente que o Fluminense nunca havia sido campeão da Libertadores da América. E foi Fenando Diniz quem comandou essa vitória, com extrema competência.

Houve algum motivo que justificasse a saída de Fernando Diniz? Nada conhecido. Apenas, a posição inflexível de que o técnico era obrigado a ganhar todas as partidas. Perdeu dois jogos, rua.

Esse é o retrato da ingratidão. A mais perversa deformação humana que existe. O trabalho série de Fernando Diniz no Fluminense exigia mais tolerância e respeito com ele.

Hoje na história

A higiene bucal tem muito a agradecer a um imperador da China, responsável pela “patente” da escova de dentes, no dia 26 de junho de 1498. Muito distante dos aparelhos elétricos usados hoje em dia, a primeira escova de dentes era um conjunto de tufos de pelo de porco ligados a uma peça de osso ou de bambu. Ou seja, graças a um punhado de cerdas, a um imperador criativo, os dentes bonitos deixaram de ser um artigo de luxo.

 

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