OS DESCAMINHOS E OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo
OS DESCAMINHOS E OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO – (Artigo da Semana) – alfredo.ricardo@hotmail.com
OS DESCAMINHOS E OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO
Quando pensamos ou analisamos a educação no Brasil, logo percebemos a quantidade de desafios educacionais que devemos enfrentar para que nosso povo possa evoluir no conhecimento científico. Destes desafios, podemos elencar alguns como: desigualdades sociais; modelo distorcido de formação de docentes; desinteresse dos alunos; falta de acesso à educação; alfabetização de baixa qualidade; desvalorização de profissionais da área; corrupção; falta de participação da sociedade civil; falta de investimentos e alta evasão escolar.
Por outro lado, a qualidade de ensino vem decaindo dia a dia, motivada pela ausência de investimento e abandono do docente e do discente pelas autoridades constituídas.
Entra governo e sai governo e o discurso é o mesmo, ao dizer que o futuro é a educação, mesmo assim não há investimento sério e significativo. A ladainha tornou-se tão comum que o povo já não dá mais ouvido a essas promessas de mudança. Pois, a cada governo que chega, o planejamento é mudado e quase sempre para pior. Além de termos as desigualdades regionais, causadas por termos um país muito grande, o que vem contribuindo para os relevantes índices de desigualdade socioeconômica.
Em relação aos caminhos corretos da educação, existem diversas oportunidades que podem levar a nação ao mundo do conhecimento tecnológico e humano. Deste, podemos citar: investimento maciço nos educadores e nos educados: por mais que alguns não queiram aceitar mais, o caminho do desenvolvimento educacional da nação passa pelas mãos dos educadores, recebendo remunerações e reconhecimento. Assim como precisamos melhor a infraestrutura das escolas. Além de ampla aplicação de recursos no pedagógico; os Programas de Inclusão social, como Bolsa Família, as cotas em universidades têm colaborado para a inclusão de grupos historicamente marginalizados. Além da expansão do acesso à educação, o uso de novas tecnologias.
Outros dois grandes fatores que destrói a educação são o desinteresse dos alunos pelo conhecimento e a falta de motivação para frequentar a escola e participar ativamente do processo de ensino-aprendizagem. Assim como o excesso de burocracia, misturada à gestão ineficiente.
Na educação brasileira, há um fenômeno inacreditável que é a troca de ministro, ou seja, cada um que entra lança seu modismo, perdendo assim a qualidade da continuidade do vem dando certo. Olhe! Que é pouca coisa que dá certo na educação nacional! No entanto, quando analisamos as políticas públicas no campo da educação, não sabemos o mínimo, que avaliar! Pois, o bem comum, o bem público, o respeito à diversidade, os princípios éticos e morais, que deveriam ser prioridades para os gestores, são lançados fora. Criando uma educação relâmpago e de modismo, que ao invés de trabalhamos com bases profundas e fixadas com a visão de futuro, trabalhamos apenas na criação de uma sociedade liquida.
Por outro lado, as políticas públicas deveriam ter o dever de abrir as portas para os jovens e adultos terem uma corredeira promissora, apenas lhe concede o mínimo do mínimo da educação que não os fazem crescerem como pessoa humana, deixando de atingir outros níveis educacionais e permanecendo preso a um sistema que apenas escraviza.
A grande verdade é que a educação tem a necessidade de uma ampla reforma, assim como melhorar as condições dos trabalhadores em educação. Porquanto, os que já vêm trabalhando na educação são quase sempre rejeitados pelos gestores de momento. Os quais esqueceram de que já passaram por estes, e de uma forma ou de outra aprenderam algo como: ética, moral e amor pela profissão, professor.
A educação é um direito de todos, quanto a isso não há dúvidas. No entanto, quando falamos em educação, precisamos lembrar da educação inclusiva, que é um atendimento especializado ou complementar, visando o pleno desenvolvimento e interação da pessoa humana em todas as áreas. Assim como determinaram os direitos humanos e outras convenções mundiais para os países membros da ONU.
Outros fatores importantes na educação inclusiva estão na compreensão das particularidades intelectuais, sensórias e físicas que podem ser apresentadas. Entretanto, precisamos entender que todos são capazes de aprender e ensinar. É exatamente neste ponto que as estratégias e planos diversos devem ser colocados em prática na construção do conhecimento e na criação de afetividade educacional. Visto que cada ser é único, e modelos engessados apenas levam ao retrocesso educacional, que de forma inconsciente ou consciente promove a exclusão.
Portanto, a única saída para o desenvolvimento da nação é o caminho da educação. Que deve ser feito com muito esforço das autoridades, das comunidades e dos professores, dos alunos e dos pais, para serem superados os desafios e, ao mesmo tempo, promover uma educação de qualidade que possa possibilitar a formação completa do cidadão.
Muita Paz, Luz e Justiça a todos!
Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo
Fala com sabedoria e ensina com amor. (Provérbios 31:26)