Petroleiros de Mossoró paralisaram atividades nesta sexta, Dia Nacional de Luta
Petroleiros da Base-34 em Mossoró paralisaram atividades nesta sexta-feira, 11 de novembro, em protesto contra o que classificam como “os retrocessos sociais do governo Temer”. A categoria reivindica a não-aprovação no senado da PEC 55 (anteriormente nomeada de PEC 241), que estabelece o congelamento do orçamento público por 20 anos, e protesta contra a venda dos ativos em campos terrestres e abertura do Pré-Sal para o capital estrangeiro.
O Secretário Geral do Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro-RN), Pedro Lúcio, ressalta as ameaças a venda dos ativos do Rio Grande do Norte. “Além da venda de Riacho da Forquilhinha, Fazenda Belém e Macau já encaminhada, a gestão da Petrobras estão negociando por meio do Projeto Topázio a venda das bases do Alto do Rodrigues e Estreito. Não descartando também a venda do Canto do Amaro, principal campo de exploração do Estado”, alerta.
As manifestações em todo o Brasil seguem encaminhamento de Greve Geral feito pelas centrais sindicais e contam com a participação de estudantes, movimentos sociais e sindicatos.
No início da manhã, às 6h, o Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro) realizou ato em frente à base, seguida de assembleia da categoria, que contou ainda com a presença dos diretores da Associação dos Engenheiros da Petrobrás(AEPET-NS).
De acordo com presidente da AEPET-NS no RN, Ricardo Pinheiro, esse quadro foi discutido pelo presidente da Petrobrás, em discurso proferido na Rio Oil & Gas no último dia 24 de outubro, onde relatou interesse em abrir mão da exploração Onshore do país .
“Pedro Parente, amparado por Michel Temer já mostrou que tem interesse de vender os campos terrestres de produção do Brasil para o setor privado”, conta Ricardo Pinheiro.
O presidente da AEPET convidou ainda os petroleiros a participarem do “Fórum Onshore Potiguar: novos desafios de produção do RN”, que será realizado no próximo dia 15, às 14h, no SEBRAE em Mossoró, e contará com a presença do Secretário do Ministro de Minas e Energia, Márcio Felix.
Confira os principais bandeiras de luta da Greve Geral:
-Contra a PEC 241 (agora 55);
-Contra a MP 746 (nenhuma reforma do ensino médio sem a participação dos educadores e estudantes);
-Contra a Reforma da Previdência;
-Contra a reforma trabalhista;
-Contra o PL Escola Sem Partido;
-Contra PLP 257;
-Contra todo tipo de terceirização;
-Auditória cidadã da dívida;
-CAbertura do Pré-sal para o capital estrangeiro.