PF e Receita Federal cumprem mandados de busca e apreensão em Natal em operação contra importação ilegal de celulares

A Polícia Federal e a Receita Federal cumpriram na manhã desta quarta-feira (10) dois mandados de busca e apreensão em Natal em uma operação contra um grupo suspeito de importar ilegalmente grandes quantidades de produtos eletrônicos sem pagamento de tributos.

 

Além de Natal, a operação cumpriu mandados em cidades de outros cinco estados, além do Distrito Federal.

Na capital potiguar, um dos alvos da operação foi uma loja de venda de aparelhos celulares e acessórios de telefone localizada na Avenida Afonso Pena, no bairro Tirol, na Zona Leste, em uma região nobre da cidade.

 

A Polícia Federal não informou nomes dos principais investigados, mas disse que eles foram proibidos de deixar o país e as cidades em que moram, tendo que entregar os passaportes no prazo de 24 horas. Os investigados também estão proibidos de manter contato com outros investigados.

 

Segundo as investigações, há indícios do envio de R$ 1,6 bilhão ao exterior, estimando-se que foram enviados ao Brasil mais de 500 mil telefones celulares pela organização criminosa nos últimos 5 anos.

 

Os investigadores afirmam que o grupo se dividia em núcleos responsáveis pela negociação e venda de produtos eletrônicos, transporte e armazenamento, constituição de empresas fictícias, envio de dinheiro para o exterior e receptação dos produtos para revenda em comércios.

Além de Natal, foram cumpridos mandados em São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Maranhão e no Distrito Federal. Cerca de 1 mil aparelhos eletrônicos foram apreendidos nesta quarta.

 

Crimes

Segundo a PF, os suspeitos devem responder pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, podem pegar até 37 anos de prisão.

 

Ao todo, foram cumpridos:

 

51 mandados de busca e apreensão;

25 ordens de sequestro de bens imóveis;

42 ordens de sequestro de veículos;

Bloqueio de R$ 280 milhões nas contas dos investigados.

As investigações que levaram à operação desta quarta começaram em 2022, quando um avião foi apreendido com 400 celulares em um aeródromo de Brasília. À época, a carga foi avaliada em R$ 4 milhões.

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