Plano de golpe: assessor de Braga Netto deve ser incluído em lista de indiciados
Braço-direito do general Walter Braga Netto, o coronel Flávio Botelho Peregrino deve ser um dos próximos indiciados pela Polícia Federal (PF) na investigação que apura uma tentativa de golpe de Estado no país.
A lista de indiciados divulgada no fim de novembro começou com 37 pessoas (entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro e o próprio Braga Netto) e foi ampliada para 40 na semana passada.
Segundo fontes que acompanham as apurações, ainda há margem para a inclusão de novos nomes. Peregrino deve ser um deles, mas isso só deve ocorrer depois que a PF analisar o material apreendido na operação de sábado, como notebooks e celulares.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que há “elementos sugestivos” de que Peregrino e Braga Netto “estavam associados aos propósitos de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e execução de golpe de Estado”.
Documentos localizados pelos policiais na sede do PL – mais especificamente, na mesa de Peregrino – reforçam a leitura de que o indiciamento do assessor de Braga Netto é “questão de tempo”, segundo relatou à CNN uma fonte da investigação.
Na mesa, havia um documento que indicava uma tentativa de acessar a delação sigilosa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e outro manuscrito, com um planejamento para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não subisse a rampa”.