Presidente da Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil-China visita fazenda-modelo em Mossoró

Comitiva permanece em Mossoró (RN) até esta quinta-feira (02).

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, porém, quando o assunto é exportação, estamos em 24º lugar segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. Recentemente, a Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou, que o “barômetro de comércio de bens” atingiu o nível recorde de 110,4, confirmando que o setor continua se recuperando de forma robusta dos choques da pandemia de covid-19. O índice é divulgado desde julho de 2016 e está mais de 20 pontos acima do nível de um ano atrás.
Para tratar da retomada da economia com o comércio exterior, o presidente da Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil-China (CCDIBC), Fábio Hu, e o diretor de Relações Institucionais, Ulisses Vega, desembarcaram no Recife (PE) no último domingo (29) para cumprir agenda de reuniões pelo Nordeste com produtores de frutas. Já nesta terça-feira (31) chegaram em Mossoró (RN), local de onde saiu a primeira carga oficial de melão para China. A comitiva permanece em Mossoró (RN) até a quinta-feira (2).
A CCDIBC vem atuando no Rio Grande do Norte por intermédio da R2MD Consultoria Empresarial, representante da Câmara no Nordeste. Em Mossoró (RN), a fazenda-modelo é a Agropecuária Vitamais, pioneira na exportação de melão para o continente asiático. O melão potiguar foi a primeira fruta fresca a ser exportada para a China graças ao acordo de bilateralidade assinado em novembro de 2019, em reunião de cúpula dos Brics (agrupamento de países de mercado emergente que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
“A China consome o equivalente a metade da produção mundial de melões. Isso significou só em 2017 cerca de 17 milhões de toneladas. Tem muito espaço a ser conquistado, principalmente na entressafra, com o inverno chinês se aproximando. O país não consegue produzir por causa das temperaturas muito baixas, aumentando assim a procura pela exportação, mas para isso, os produtores interessados precisam respeitar os protocolos exigidos, a qualidade da produção, inclusive dentro das normas contra pragas da cultura, a exemplo da conhecida como mosca-das-frutas”, destacou Rafael Martins, sócio-diretor da R2MD.
A visita também servirá para discutir estratégias para o embarque de um novo contrato comercial entre Brasil e China. Por conta da pandemia de covid-19 e da interrupção do tráfego no Canal de Suez, no Egito, rota fundamental entre os continentes europeu e asiático, em março desse ano, o fluxo de cargueiros ficou comprometido e o atraso nos portos da China passam dos 50 dias.

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