Retrato sem retoque de uma ditadura. Até quando?

 

Ney Lopes

Na Venezuela da fome, a elite joga golfe no bairro Country Club, em Caracas.

Um país que sofre com falta de remédios, combustível, alimentos, e cuja economia encolheu, segundo o FMI

O produto interno bruto  (em preços correntes) caiu de US$ 258,93 bilhões, em 2013, para US$ 97,12 bilhões, em 2023, segundo o levantamento.

Os hotéis na Venezuela não garantem nem papel higiênico para os seus hóspedes. O cidadão comum tem dificuldade para comprar sabão, shampoo, desodorante, absorvente, preservativo, fralda descartável. Autopeças e pneus, nem pensar.

Se queimar a lâmpada, não tem.

A energia elétrica também está em falta. Apagões viraram rotina.

Enquanto isto, o presidente Lula e o PT “ganham tempo”, favorecendo Maduro.

A última declaração conjunta foi de não existir nada de grave ou de anormal no processo eleitoral venezuelano.

E recomendaram que os questionamentos entrem na Justiça.

Os fatos são incontestáveis: em 25 anos, a ditadura de Hugo Chávez e Nicolás Maduro cooptaram os poderes Legislativo, Judiciário e Eleitoral, bem como setores da economia, da mídia e das Forças Armadas.

Não há Justiça no país.

Dizer o que disse Lula é proteger Maduro e não insistir na contagem dos votos.

Dólares nas campanhas

Até nas eleições, em países latino americanos, “ajudas de milhares de dólares” foram enviadas pelos “companheiros” venezuelanos.

Em 2007, US$ 800 mil apreendidos numa mala, em Buenos Aires, se tratavam de uma contribuição do governo de Hugo Chávez à campanha presidencial de Cristina Kirchner.

Fala-se que essas “ajudas” chegaram ao Brasil, também. (????)

O próprio Maduro pagou 11 milhões de dólares ilegalmente, por serviços eleitorais prestados, aos publicitários brasileiros Mônica Moura e João Santana, os quais ganharam fama após vínculos pessoais de amizade com Lula e Dilma, de quem fizeram as campanhas presidenciais.

Privilégios dos militares

Atualmente, o grupo que tem mais interesse em manter tudo como está é o dos militares.

Eles preservam o conforto diante de 90% da população, que não tem renda para comprar comida suficiente e sofre com a criminalidade.

Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, a presença de generais cresceu significativamente no Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano.

Muitos militares também fizeram novas fortunas ao lado dos empresários, com acesso aos disputados “dólares preferenciais”, vendidos pelo governo por valores inferiores à cotação disponível para a população ou ao câmbio clandestino das ruas do país.

Revendidos no mercado paralelo, dólares preferenciais geraram grandes lucros.

Excesso de generais

O exército tem mais generais que a OTAN.

São cerca de 2 mil generais, a maioria nomeados por um governo onde os militares já chegaram a ocupar quase a metade dos ministérios – hoje, estão em um a cada quatro gabinetes do primeiro escalão.

Os salários chegam a 30 mil dólares por mês.

Gozando de tantos privilégios, a caserna se mantém leal ao governo.

Depois, depósitos do dinheiro em paraísos fiscais.

Além disso, os militares se revezam no comando da exploração de petróleo.

Passados 17 anos, a empresa estatal caiu pela metade, derrubando uma economia que tem no óleo negro 91% das receitas de exportação.

Estatização

O chavismo aumentou de 74 para 526 as companhias em que o Estado é dono ou principal acionista, resultado direto das expropriações,

Mais de 5 milhões de hectares de passaram para as mãos do Estado.

Em 2008, a Venezuela produzia 70% dos alimentos consumidos no país.

Agora, apenas 25%.

A única indagação, que cabe fazer é “até quando”, a Venezuela continuará entregue ao caos?

Hoje na história

Data citada como o dia em que Dom Pérignon (1638-1715) inventou o champanhe. A bebida foi descoberta por ele há cerca de 344 anos, um monge religioso, que era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, na diocese de Reims na França, onde ficou curioso com a afirmação dos vinicultores de que certos tipos de vinhos fermentavam novamente depois de  engarrafados.

1935 — 1º Transmissão televisiva da Emissora Nacional.

1944 — A Gestapo captura Anne Frank e sua família em Amsterdam graças a um informante. Anne morreu em um campo de concentração.

4 de agosto, o dia do Padre, em que São João Maria Vianney foi proclamado padroeiro dos padres pelo Papa Pio XI.

 

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