TER PONTES DA VIDA – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo
TER PONTES DA VIDA - Coluna da Semana – [email protected]
PENSAMENTO – Este Ano
“O meu desejo é … Nada quebrado, nada faltando e nada fora do lugar”. (Ricardo Alfredo)
TER PONTES DA VIDA
Ser sábio, é sempre esperar no eterno;
Ser forte, mesmo diante do impossível, permanecer confiando no Eterno;
Ser feliz, é ficar quieto esperando a providência do eterno, pois Ele jamais falha. (Escritor: Ricardo Alfredo)
ARTES
Artista – Francy dantas
EX-LIDER ESTUDANTIL, COMUNITÁRIO E POLÍTICO
Ex-lider estudantil, comunitário e político, Antônio Tomaz Neto, meu amigo desde 1979, quando ingressamos juntos no movimento estudantil da FURRN, depois na luta comunitária e fomos de uma mesma legislatura na Câmara Municipal de Mossoró. O jumento, como é conhecido, tem uma disposição para luta fora do comum. Adora política e não esquece os amigos.
PENSAMENTO – Ano novo
“Um novo ano vai começar, lembre-se de sonhar para que você continue a ter motivos para ser feliz”. (Desconhecido)
LEMBRANÇAS
Ontem 21/12/2024 foi o 19° ano da partida do Mestre Vingt-Un Rosado, lembramos não só desse dia mas de uma vida toda dedicada ao País de Mossoró.
POEMA – Ano Novo…
Meia-noite. Fim
de um ano, início
de outro. Olho o céu:
nenhum indício.
Olho o céu:
o abismo vence o
olhar. O mesmo
espantoso silêncio
da Via-Láctea feito
um ectoplasma
sobre a minha cabeça
nada ali indica
que um ano novo começa.
E não começa
nem no céu nem no chão
do planeta:
começa no coração.
Começa como a esperança
de vida melhor
que entre os astros
não se escuta
nem se vê
nem pode haver:
que isso é coisa de homem
esse bicho
estelar
que sonha
(e luta). Ferreira Gullar
CONVITE
CALENDÁRIO DA ALAM
A ALAM, em 2025 tem a seguinte programação em 2025
14 de março
07 a 13 de setembro
27 a 30 de dezembro
01 a 03 de fevereiro
AMAS DE LEITE E TRATADEIRAS NO SERTÃO NORDESTINO – Benedito Vasconcelos Mendes
Entende-se por alimentação cruzada a prática de uma mulher amamentar o filho de outra mulher. Compreende-se por mãe de leite, mãe preta ou ama de leite, a mulher que amamenta uma criança filha de outra mulher. Este costume é antigo e universal, sendo encontrado até mesmo em algumas tribos indígenas brasileiras, como entre os Tupinambás. No Nordeste escravocrata, onde as escravas africanas eram abundantes, as amas de leite eram chamadas de mães pretas. Elas eram escolhidas entre as escravas paridas, levando em consideração seu porte, robustez, beleza, higiene e saúde. Muitas vezes, a ama de leite se transformava em ama-seca (babá de criança após a amamentação).
Após o período da escravidão, as amas de leite e as amas-secas passaram a ser remuneradas, mantendo-se os mesmos critérios de escolha. As negras paridas escolhidas para amamentar os filhos das patroas recebiam salários equivalentes aos das empregadas domésticas. No sertão semiárido, as mães de leite eram selecionadas dentre as esposas e filhas dos vaqueiros. As tarefas das mães de leite restringiam-se aos cuidados com o bebê, como amamentar, banhar, acalentar, trocar e lavar os cueiros, além de administrar remédios quando necessário. A ama de leite geralmente era contratada por um período de dois anos, que ia do nascimento da criança até o desmame, que normalmente ocorria ao completar dois anos de idade. Após o desmame, a criança passava a ser cuidada pela ama-seca, que muitas vezes era a própria ama de leite que passava a essa nova categoria, cuidando da criança até cerca de oito anos de idade.
Era tradição no Nordeste que a mulher, após o parto (puerpério), passasse 42 dias de resguardo sob os cuidados da tratadeira. Esta administrava a alimentação, medicação, higiene, cuidados com a saúde e arrumação do quarto (lavagem e troca de lençóis, toalhas e das roupas da puérpera). A tratadeira determinava quais alimentos sua paciente deveria ingerir. Geralmente, a alimentação da parturiente era baseada em carne de galinha, carne magra de boi, fígado de boi, mingaus de leite com cereais, mingau de araruta (farinha de banana verde), frutas, verduras e caldo de carne, caldo de feijão e alguns peixes de escama. Não era permitido o uso de carnes reimosas, como carne de porco, carne de ovelha, pato, caça, peixes de pele, crustáceos e nem o consumo de fruta pinha (ata). O uso de chás de ervas medicinais era frequente, especialmente de camomila e erva-cidreira. Quando a mulher parida apresentava inchaço nas pernas, a tratadeira realizava massagens e elevava as pernas para aliviar a situação. Muitas vezes, a recém-parida sentia dores (contrações uterinas), que eram tratadas com banhos quentes e apoio emocional.
Após o parto, devido às alterações hormonais e físicas que a mãe sofre, é comum a ocorrência de tristeza, choro e insegurança emocional. A tratadeira precisava tranquilizá-la com conversas otimistas e muita cortesia no relacionamento. Ela ensinava à sua paciente que cólicas, sangramentos vaginais, prisão de ventre, barriga inchada, seios com fissuras, inchados e doloridos, momentos de tristeza, choro e insegurança comportamental são ocorrências comuns no período do puerpério.
Acompanhei de perto o trabalho de Dona Maria Augusta, que foi tratadeira da minha mãe quando ela teve minha irmã caçula. Lembro-me de que Dona Maria Augusta também servia como recepcionista para os visitantes que vinham parabenizar minha mãe e “beber o mijo da criança”, que era como se chamava o cálice de licor de jenipapo ou de mutamba, servido aos amigos e parentes visitantes. Além de “fazer sala” para os visitantes, a tratadeira prestava informações sobre a saúde da parturiente. Dona Maria Augusta era uma mistura de enfermeira prática e psicóloga, cuidando tanto do corpo quanto dos distúrbios emocionais que geralmente ocorrem no puerpério.
TV CÂMERA – Memória Acadêmica – Trajetórias.
Ricardo Alfredo vem apresentando uma programação especial com diversos vídeos no programa da TV Câmara de Mossoró no RN. É só assistir e verificar pelas redes sociais, principalmente no Youtube.
PESQUISADOR E ESCRITOR RICARDO ALFREDO
Leia e ore comigo – Salmo 7
As palavras ditas tem poder e transformam realidade em redor, por isso devemos ter cuidado com as palavra proferidas. Logico que ser positivo, sem ser tolo, é importante. Porém, devemos ser positivos dentro da realidade da fé. Então, leia e ore comigo.
1 Senhor meu Deus, em ti confio; salva-me de todos os que me perseguem, e livra-me; 2 Para que ele não arrebate a minha alma, como leão, despedaçando-a, sem que haja quem a livre. 3 Senhor meu Deus, se eu fiz isso, se há perversidade nas minhas mãos, 4 Se paguei com o mal àquele que tinha paz comigo (antes, livrei ao que me oprimia sem causa), 5 Persiga o inimigo a minha alma e alcance-a; calque aos pés a minha vida sobre a terra, e reduza a pó a minha glória (Selá). 6 Levanta-te, Senhor na tua ira; exalta-te por causa do furor dos meus opressores; e desperta por mim para o juízo que ordenaste. 7 Assim te rodeará o ajuntamento de povos; por causa deles, pois, volta-te para as alturas. 8 O Senhor julgará os povos; julga-me, Senhor, conforme a minha justiça, e conforme a integridade que há em mim. 9 Tenha já fim a malícia dos ímpios; mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas os corações e os rins. 10 O meu escudo é de Deus, que salva os retos de coração. 11 Deus é juiz justo, um Deus que se ira todos os dias. 12 Se o homem não se converter, Deus afiará a sua espada; já tem armado o seu arco, e está aparelhado. 13 E já para ele preparou armas mortais; e porá em ação as suas setas inflamadas contra os perseguidores. 14 Eis que ele está com dores de perversidade; concebeu trabalhos, e produziu mentiras. 15 Cavou um poço e o fez fundo, e caiu na cova que fez. 16 A sua obra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violência descerá sobre a sua própria cabeça. 17 Eu louvarei ao Senhor segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor Altíssimo.”
FELIZ ANO NOVO