Thadeu Brandão – Lealdade em tempos de vazio moral: meu apoio à Laire Rosado
Por Thadeu Brandão.
Ontem, após muitas notícias, biles extremas em redes sociais de internet e rasgos de ódio e rancor (que vejo serem destiladas contra os mais pobres e vulneráveis de nosso povo, os “bandidos” que enchem nossas prisões) vi o circo se repetir deveras vezes, desta vez sob alguém que gosto e nutro afeto.
Lembrei, na rede social, que lealdade é uma virtude inspirada por todos os povos e culturas:
Quando os cães ladram e as caravanas passam, os íntegros e seus valores permanecem onde estão. Aos abutres, não faltará carniça, mas não serão aplaudidos, mas sempre repelidos.
Ao amigo Laire Rosado que está nas mãos do arbítrio que sangra o Brasil há alguns anos (refiro-me ao arbítrio das urgências políticas), meu apoio e minha amizade. Que a justiça prevaleça e que o Estado de Direito seja recuperado.
Detido cuidando de seus pacientes pobres de Mossoró, numa UPA na periferia, onde olhava a todos no rosto e a todos cuidava, Laire permaneceu onde esteve: com a preocupação com a sua terra e povo amado.
Não está só, pois seus familiares, amigos e admiradores, maioria dos mossoroenses, estão com ele e com sua educação, elegância e alegria.
Sou suspeito, pois nutro a admiração e amizade de quase três anos. Amizade nutrida no debate e na divergência, pois quem já assistiu ao Obsevador Político sabe que estamos no mesmo barco (o das ideias) mas em lados ideológicos diferentes. Mas não se iludam, a preocupação com o Brasil e seu povo é a mesma.
Não foi um dia bom para nós que gostamos dele. Mas a justiça (sua idade e seu legado) falarão mais alto.
Hoje não pude falar com ele, mas minha mente e coração o acompanharam na torcida.
Ao meu querido Laire Rosado, meu abraço e apoio.
P.S.: Hoje pela manhã, acordo com diatribes em minha rede, poucas e que perdôo sem problemas. Algumas “amizades desfeitas” (eu mesmo desfiz ano passado 1500, adorei a iniciativa) e algumas máscaras caídas. Posto, abaixo, minha resposta escrita serenamente hoje.
Bom dia.
Sempre me posicionei na vida. Quem me conhece sabe disso. Por isso, não sou político e nem tenho milhões de amigos.
Sempre que precisei, meus amigos (poucos) estiveram comigo. Não deixaria uma pessoa que conheço sem esse posicionamento, só porque esta terra que habito (RN) é terra apinhada de covardes.
Sempre critiquei o excesso de ativismo judiciário (na mídia e nos artigos de opinião). Não contestei nenhuma ação jurídica, mas uma execução – ramo que estudo há doze anos – que considerei burocrática e desnecessária.
Aos que tripudiam dos outros na derrota, meu desprezo. Vazem daqui ou se submetam a um exame de consciência. Depois, atirem pedra na adúltera enquanto seu Deus olha para vocês. Ou não, vivam a mediocridade de sua existência, protegidos pelos seus smartsphones ou PCs. Eu sigo dando a cara a tapa, pois aprendi com meus pais que a vida é para ser vivida para os que têm coragem e a cultivam.
Aos demais, meu abraço humano de quem, nas dores humanas, sempre toma partido.
Thadeu Brandão.